Segundo a coordenadora provincial do Programa Alargado de Vacinação (PAV) de Luanda, Felismina Neto, os 23 casos já registados são um sinal de alerta para as autoridades, o que justifica o início da vacinação de bloqueio em toda a província e que deve durar dez dias.

“Em Luanda notificámos esses casos, nomeadamente oito no município de Cacuaco, oito em Viana, e os restantes nos municípios de Belas, Icolo e Bengo, Kilamba Kiaxi e no distrito urbano da Maianga”, disse hoje a responsável, em declarações à Lusa.

Os referidos municípios, explicou, cobrem o cinturão da capital angolana, zonas limítrofes de outras províncias e “isso faz com que a propagação da doença incida mais nestes sítios”.

“E é o que estamos a fazer nos municípios notificadores, mas tendo em conta a especificidade da província de Luanda, por causa da densidade populacional, extensão territorial e porque dentro das doenças do PAV o sarampo é a de maior transmissibilidade no mundo inteiro”, salientou.

Felismina Neto deu a conhecer também que as autoridades sanitárias de Luanda estão a reforçar a vacina de rotina nas unidades de saúde nos diferentes níveis, tanto na rede pública, como na privada e que há doses suficientes para a vacinação de bloqueio.

“O bloqueio deve terminar em 10 dias, temos doses em quantidades suficientes para responder a esta preocupação do bloqueio e também para manter a rotina nas unidades de saúde”, assegurou ainda a coordenadora do PAV em Luanda.