A vítima mais recente é uma menina de nove anos que morreu no sábado na região de Rivné (oeste), elevando para 11 o número de mortes por sarampo desde o início do ano, informou o ministério em comunicado.

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No total, cerca de 17.000 menores e 13.000 adultos foram infetados com aquela patologia altamente infecciosa em 2019, segundo a mesma fonte.

As regiões com mais casos são as do oeste do país: Lviv, Rivné, Vinnytsya, Khmelnytsky, bem como a capital, Kiev, disse a porta-voz do Ministério da Saúde, Maryna Dadinova.

Surto sem precedentes

Desde 2017, a Ucrânia vive um surto sem precedentes desta doença contagiosa. No ano passado, cerca de 54 mil casos de sarampo foram registrados, 16 deles fatais, um recorde na Europa.

Este é o maior número de doentes por essa doença na ex-república soviética desde a sua independência em 1991.

Em 2006, houve também um aumento significativo de casos, cerca de 43.000, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As autoridades ucranianas tentam justificar a crise atual com a escassez de vacinas nos anos anteriores e a forte oposição da população geral à vacinação.

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Como se transmite?

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea que caracteriza o sarampo. Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

O sarampo é uma doença grave, para a qual existe vacina, contudo, o Centro Europeu de Controlo de Doenças estima que haja uma elevada incidência de casos em crianças menores de um ano de idade, que ainda são muito novas para receber a primeira dose da vacina. Daí que reforce a importância de todos os outros grupos estarem vacinados de forma a que não apanhem nem transmitam a doença.

Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.