Um estudo nacional divulgado em 2014 revela que os portugueses apenas compram escovas de dentes duas vezes por ano e, quando o fazem, nem sempre escolhem a que melhor se adequa às suas características bocais. Erradamente muitas pessoas pensam que uma escova de dentes dura e grande é mais eficaz, mas uma escova pequena e suave consegue escovar bem todos os dentes, mesmo os últimos molares, assim como as gengivas, sem as ferir ou magoar.
Quando optamos por uma escova manual, devemos sempre ter em atenção se é macia ou média e se tem o tamanho adequado à nossa boca. Estas escovas conseguem fazer uma escovagem muito eficaz quando usadas de acordo com as orientações do seu higienista oral ou médico dentista. Podemos também escolher uma escova elétrica que normalmente é mais eficaz que a escova manual porque mesmo com pouca destreza manual é possível fazer uma boa escovagem.
Algumas escovas eléctricas têm um temporizador que controla o tempo de escovagem e um sensor que controla a pressão da mesma o que ajuda a uma escovagem eficaz. As escovas elétricas também têm desvantagens, como o preço e o facto de quando utilizadas sem orientação de um profissional poderem traumatizar a gengiva. Quando em dúvida, devemos escolher uma escova elétrica recarregável e não a pilhas, pois estas vão diminuindo a eficácia com a sua utilização.
Em casos específicos como aparelho ortodôntico, não deve usar escova elétrica com o risco de danificar o mesmo. Deve trocar a sua escova de dentes sempre que as cerdas estiverem danificadas ou de três em três meses. A escova deve ser guardada num recipiente com as cerdas para cima e sem capa protetora porque esta não permite a secagem completa da escova promovendo um ambiente húmido, propício à multiplicação de bactérias.
Texto: Miguel Stanley (médico dentista)
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