A mil metros de altitude, próximo da cordilheira andina, a adega Zuccardi, na Argentina, sagrou-se vencedora da primeira edição dos prémios “The World's 50 Best Vineyards”, competição que visa eleger, com carácter anual, as melhores vinhas do mundo, os respetivos produtores vinícolas, e as experiências a elas associadas.
Numa lista com três vinhas sul-americanas nas cinco primeiras posições (ver lista completa no final do artigo), destaca-se um produtor português, na oitava posição, a duriense Quinta do Crasto. Em 2019 o mesmo produtor ocupava a quarta posição.
Uma tabela onde figuram, no que toca às dez primeiras posições, vinhas na Argentina, Chile, Uruguai, Áustria, Espanha. Estados Unidos, França e Itália.
Nos prémios anunciados a 13 de julho, há uma outra referência nacional, também no Douro, a Quinta do Noval, uma estreante na tabela. Sobre a propriedade, a equipa da “The World's 50 Best Vineyards” diz: “com vinhas nos vales dos afluentes do Douro, no Pinhão e Roncão, a Noval ocupa uma das posições mais privilegiadas da região. Os seus 145 hectares de vinha - todos classificados com o mais alto nível de qualidade - são plantados com as castas nobres do Douro, Touriga Naçional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão e Sousão”.
A lista “The World's 50 Best Vineyards” baseia-se nos votos da uma academia internacional com 500 apaixonados por vinhos, divididos por diferentes regiões geográficas, indicando as suas sete melhores experiências vinícolas.
Na apresentação que faz destes prémios, a academia sublinha que, “não há uma lista predefinida de requisitos. É considerada a experiência completa, incluindo a arquitetura, o restaurante, os passeios, o ambiente, a equipa, a paisagem, o preço, a reputação e a acessibilidade”. Isto numa perspetiva de experiência para os visitantes.
Ainda na apresentação a estes prémios, lemos que “existem alguns nomes famosos na lista. Algumas das mais amadas regiões vinícolas do mundo estão representadas. Mas também há muitas surpresas. Há produtores e lugares que só a indústria do vinho conhece ... até agora”.
Acrescenta a academia destes “The World's 50 Best Vineyards”: “A diversidade é incrível. Há maravilhas arquitetónicas contemporâneas; há pequenas vinícolas boutique. Existem adegas antigas, restaurantes modernos e locais de casamento deslumbrantes”, sublinhando que se há produtores que proporcionam experiências radicais, como bicicleta de montanha, outros, disponibilizam, por exemplo, uma loja de joias, piscinas infinitas, ou passeios a cavalo.
O “The World's 50 Best Vineyards” nasceu da iniciativa dos promotores de outro galardão internacional, o “The World's 50 Best Restaurants”.
As dez melhores adegas do mundo (lista completa aqui)
- Zuccardi, Valle de Uco, Argentina;
- Bodega Garzón, Uruguai;
- Domäne Wachau, Áustria;
- Montes, Chile;
- Robert Mpndavi Winery, Estados Unidos;
- Marqués de Riscal, Espanha;
- Château Smith Haut Lafitte, França;
- Quinta do Crasto, Portugal;
- Antinori Nel Chianti Classico, Itália;
- Vik Winery, Chile.
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