“Um futuro devastador para milhares de empresas e dezenas de milhares de postos de trabalho” é como a AHRESP- Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal, comenta o resultado ao inquérito mensal às empresas que decorreu em junho último e que contou com perto de 14oo respostas válidas.
De acordo com aquela associação, “no setor da Restauração e Bebidas, 38% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que a esmagadora maioria refere que não irá conseguir suportar os encargos habituais, como pessoal, energia, fornecedores e outros, a partir do mês de julho”.
Ainda segundo a mesma fonte e para as empresas inquiridas “a faturação do mês de junho foi dramática, com mais de 24% das empresas a registarem perdas superiores a 40%, 22% com quebras homólogas superiores a 60%, e 12% com uma quebra acima dos 90%”.
Perante este cenário, “o acesso ao lay off simplificado para apoio ao pagamento de salários tem sido uma constante desde abril. Mais de 87% das empresas recorreram a este mecanismo, tendo 93% prorrogado para maio, 76% para junho, e cerca de 69% tenciona prorrogar para julho”, sublinha a AHRESP.
Já para o presente mês, mais de 54% das empresas inquiridas referem que “sem o apoio do lay off em julho, não terão condições para pagar salários no final do mês. No que respeita aos salários de junho, o inquérito revela que mais de 17% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento e 15% só pagou parcialmente”.
“Com esta realidade, mais de 22% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano, e 70% das empresas ainda não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores”.
Já no que respeita às empresas do Alojamento Turístico “o cenário é igualmente preocupante. Até ao final de junho 24% das empresas continuavam encerradas e durante todo o mês, mais de 47% das empresas não registaram qualquer ocupação e 41% indicou uma ocupação até 25%. Estes resultados traduzem-se numa quebra homóloga superior a 90% na taxa de ocupação, referida por mais de 54% das empresas”, assinala a AHESP na sua página na internet.
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