“A par da evolução mundial na investigação académica sobre os estudos da alimentação, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) apresenta o Mestrado em Food Design, um dos poucos ciclos de estudos que a nível mundial aborda a intersecção das metodologias e ferramentas do Design com as questões da Alimentação, a partir desta nova disciplina que se designa por Food Design”, podemos ler na nota de apresentação do novo mestrado.
Um mestrado que nasce “num tempo em que os paradigmas de segurança da saúde pública com a pandemia COVID-19 são questionados, e o surgimento de uma profunda crise económica que afeta todos os setores, é cada vez mais relevante, principalmente com a alimentação, que os futuros profissionais no ramo alimentar sejam criativos e tenham a capacidade de reinventar o atual sistema alimentar”, refere a mesma nota.
Food designer, um gestor interdisciplinar
O food designer gere, entre outros fins, “a produção de alimentos do ponto de vista estético, comunicacional e de representação. Cria e desenvolve metodologias criativas e inovadoras para administrar equipamentos e ferramentas utilizados para preparar e consumir alimentos e gerir a comunicação e promoção de produtos, serviços e experiências alimentares inter/multidisciplinares”, sublinha Ricardo Bonacho, coordenador do Mestrado em Inovação em Artes Culinárias (ESHTE), e membro do comité científico do novo mestrado.
Esta primeira edição do mestrado em Food Design contará com a colaboração de diversos convidados nacionais e internacionais ligados ao ramo alimentar nomeadamente Gastronomia; Artes Culinárias e Estudos Alimentares. Entre os nomes já anunciados estão Charles Spence - criador da "Gastrofísica" - (Oxford University); Fabio Parasecoli (New York University); Marije Vogelzang (Designer); Sonia Massari (GustoLab, Itália) ou Honey & Bunny (Martin Hablesreiter e Sonja Stummerer).
Um programa atento aos problemas do sistema alimentar
O programa do mestrado em Food Design evidencia uma perspetiva holística no desenvolvimento de produtos, serviços e experiências alimentares com especial aplicação nas carências e problemas do sistema alimentar.
“Com base em processos, ferramentas e metodologias especializados em design e inovação alimentar os alunos terão o contributo de diversas disciplinas com abordagens e backgrounds diferentes que permitem o desenvolvimento da sua atividade projetual. O turismo, a hotelaria, a restauração e a indústria alimentar exigem cada vez mais um pensamento crítico e criativo.
Em linha com as três áreas apontadas, o curso capacitará os participantes para o “desenvolvimento de produtos, serviços e experiências alimentares, capazes de exercer a sua atividade profissional em diferentes cenários do sistema alimentar”.
Explorar as fronteiras entre o design e a alimentação, a promoção da reflexão, pensamento crítico e criativo dos alunos para as questões específicas do sistema alimentar, que permitam conceber, desenvolver e implementar projetos à escala local, regional e global); a adoção de uma abordagem ao design enquanto atividade projetual que promove o uso e o consumo alimentar de modo responsável e sustentável, estão entre os objetivos do novo curso.
Uma abordagem que promoverá o “desenvolvimento de projetos de Food Design em contexto real e em colaboração com entidades públicas e privadas, no âmbito da alimentação”.
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