“As previsões agrícolas, em 31 de julho, apontam para um aumento da produtividade dos pomares”, refere o INE.
Nas pomóideas, aponta os aumentos na maçã (+15%, para mais de 23 toneladas por hectare) e na pera (+40%), “recuperando para níveis de produtividade acima da média dos últimos cinco anos”, mas nota que, “atendendo às temperaturas amenas e à baixa radiação nas principais regiões produtoras, os frutos estão a apresentar um teor de açúcar inferior ao normal”.
Já nas prunóideas, prevê-se para o pêssego um aumento de 20% no rendimento unitário face à campanha anterior (com a produtividade a rondar as 11 toneladas por hectare), enquanto na amêndoa, “beneficiando da entrada em plena produção dos novos pomares”, a produtividade também deverá subir 20%, para mais de 0,7 toneladas por hectare, o “nível mais elevado das últimas duas décadas”.
Quanto às vinhas, estima-se uma produtividade na uva para vinho semelhante à alcançada na vindima anterior e um aumento de 5% na uva de mesa, para as 8,4 toneladas por hectare.
No que se refere às culturas de primavera, o INE antecipa “a manutenção da área de milho para grão, apesar do aumento do preço desta ‘commodity’ nos mercados internacionais”.
Quanto à colheita do tomate para indústria, que começou na última semana de julho, “as primeiras indicações apontam para produtividades historicamente elevadas (acima das 98 toneladas por hectare)”, ao nível das alcançadas em 2019.
“As produtividades alcançadas permitem apontar para um rendimento unitário global de 98,5 toneladas por hectare, ao nível da campanha com maior produtividade de sempre (97,6 toneladas por hectare, em 2019)”, salienta o INE, acrescentando que “as entregas têm atingido bons graus Brix [escala que mede a frutose e glucose presente no tomate] e índices de cor elevados, aspetos muito valorizados pela indústria”.
No que se refere ao girassol, a produtividade deverá ser idêntica à alcançada em 2020.
Já no arroz, mantêm-se as “dificuldades no controlo das infestantes”, com impacto no rendimento unitário previsivelmente alcançado (5,4 toneladas por hectare, -4% face à média do último quinquénio).
Por sua vez, a batata de regadio regista uma “evolução heterogénea” nas principais regiões produtoras, mas deverá globalmente reduzir a produtividade em 5% face à campanha anterior, para as 24,2 toneladas por hectare.
Quanto aos cereais de inverno, cujas colheitas estão “bastante avançadas”, o INE diz que ficaram “abaixo das expectativas iniciais”: “Os cenários são de diminuição generalizada na produção, essencialmente devido aos reduzidos teores de humidade do solo na fase de enchimento do grão”.
“Esperam-se reduções de produção de 15% no trigo duro, triticale e aveia, de 10% no trigo mole e cevada e de 5% no centeio”, adianta.
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