Portugal guarda uma larga tradição no que se refere a sopas, dos caldos a refeições robustas, onde a sopa apresenta características que a aproximam de um guisado. O nosso país não ficou esquecido na seleção de 20 sopas do mundo que a CNN, canal de televisão norte-americano, dedicou a um dos pratos com mais antiguidade cozinhado pelo ser humano.

Na sua página online a CNN Travel viaja a todos os continentes na procura das sopas perfeitas que, de certa forma, sejam emblemáticas dos países em causa. Portugal integra esta tabela, com o tradicional Caldo Verde a assumir protagonismo. Refere a CNN no artigo escrito por Jen Rose Smith, que dedica à sopa lusa as seguintes palavras: “vegetais em rodelas finas unem-se às batatas e cebolas nesta sopa caseira da região vinícola do Minho em Portugal. Atualmente, esta sopa tornou-se uma estrela da culinária, de cafés de luxo a cozinhas rurais”. Para a CNN, o Caldo Verde define a “comida caseira confortável”. Uma referência que não esquece o “chouriço português que acrescenta sabor salgado e defumado o que torna a sopa ainda mais forte”.

A par do Caldo Verde, a CNN destaca, entre outras sopas e caldos, a Bouillabaisse (França), o Chupe de camaronês (Peru), o Gaspacho, (Espanha), a Moqueca de camarão (Brasil), o Gumbo (Estados Unidos), a Harira (Marrocos), o Menudo (México) e o Ramen (Japão).

A pretexto das sopas, o mesmo artigo da CNN salienta o livro de Janet Clarkson, “Sopa: uma história global”, sublinhando as raízes muito antigas desta preparação culinária que, ao utilizar uma base líquida fervida, permitiu combinar inúmeros ingredientes. Inclusivamente, a sopa era vista como um remédio, um alimento retemperador, de acordo com a mesma autora.