Espumante Casal de Ventozela Extra Bruto 2015
A Casal de Ventozela, produtor familiar localizado na pequena freguesia de Mogege, em Vila Nova de Famalicão, na sub-região do Vale do Ave, apresentou recentemente o seu primeiro espumante, elaborado totalmente a partir da casta Avesso. O Casal de Ventozela Extra Bruto 2015 foi desenhado com o objetivo de criar um espumante com uma enorme capacidade de evolução e envelhecimento em garrafa, recordando o potencial esquecido da região.
Os primeiros traços foram feitos na vindima de 2015, que revelou uma excelente qualidade, em particular na casta Avesso. O vinho espumante, o primeiro de sempre da casa, seguiu na sua produção as regras do Método Tradicional. A primeira fermentação foi feita em cubas de inox a baixa temperatura, durante 12 meses, sendo depois o vinho engarrafado em outubro de 2016. Em maio do ano seguinte, e após 20 meses de espumantização, procedeu-se ao Degorgement, estagiando por mais 12 meses em garrafa até poder ser consumido.
De bolha muito fina e delicada e com texturas suaves, o Casal de Ventozela Extra Bruto 2015 apresenta sabores frescos e complexos de fruta no paladar, ao qual se junta um agradável registo de acidez vivificante, deixando na boca um sabor prolongado e persistente.
No conjunto revela notas de brioche, muito macias e equilibradas, numa textura a relembrar uma agradável mousse. Para ser guardado ou bebido desde já, harmoniza com pratos de peixe e marisco. Recomenda-se o serviço a uma temperatura entre os 6 ºC e os 8 ºC.
Um vinho com o preço aconselhado de 14,90 euros.
Real Companhia Velha Espumante Bruto branco 2015 e Real Companhia Velha Espumante Bruto rosé 2013
“O Douro é o que nós quisermos. Dá-nos o privilégio de podermos fazer uma grande variedade de vinhos, todos com grande qualidade”. Esta é uma afirmação do enólogo Jorge Moreira, que, quando regressou à Real Companhia Velha, em 2010, teve como um dos vários desafios, relançar a empresa no segmento dos espumantes. O primeiro espumante desta nova geração nasce da colheita de 2011, sob a marca Séries e feito com uvas de Chardonnay e Pinot Noir.
A aceitação pelo mercado, ditou o salto de Séries para a marca mãe, ou seja, Real Companhia Velha. O Real Companhia Velha Espumante Bruto branco foi materializado nas colheitas de 2012, 2013 e 2014, chegando agora ao mercado a colheita de 2015.
A Real Companhia Velha lança não apenas uma nova colheita do seu Bruto branco, mas estreia um Bruto rosé, feito 100% de Pinot Noir.
O processo de criação do espumante começa na vinha, com a colheita das uvas a obedecer a critérios específicos, que privilegiam uma acentuada acidez em harmonia com a evolução dos aromas e sabores e que ocorre antes das uvas atingirem a plena maturação tradicional.
Seguindo para a adega, o enólogo Jorge Moreira dita que as uvas sejam submetidas a uma leve prensagem de baixa pressão, seguida de fermentação que, tal como o primeiro estágio, decorre em cubas de inox com controle de temperatura. Já na garrafa, dá-se uma segunda fermentação e novo estágio – por um período de quatro e seis anos, respetivamente no branco e no rosé da RCV –, findo o qual se realiza o dégorgement.
O Real Companhia Velha Espumante Bruto branco é, desde a sua génese, feito a partir da dupla de castas tradicionalmente usadas na produção de Champagne: Pinot Noir e Chardonnay. Esta edição, de 2015, revela uma belíssima cor, demonstrando juventude. Fresco e aromático, com notas frutadas e muito elegantes, que lhe conferem intensidade e carácter. Saboroso e delicado, apresenta notas de brioche.
Em 2013, a Companhia estreou-se na espumantização de um lote monovarietal, de Pinot Noir, o qual viria a apresentar uma cor levemente rosada e com características organolépticas típicas de um rosé. Nascia assim o primeiro Real Companhia Velha Espumante Bruto rosé, de leve cor rosada, com uma excelente expressão no nariz, notas florais e nuances de frutos vermelhos, mostrando intensidade e complexidade. Na boca, mostra volume, mas muita elegância e finesse, com sabores que se adivinham no nariz, e uma acidez viva e refrescante.
Real Companhia Velha Espumante Bruto branco 2015 chega ao mercado com o preço aconselhado de 22,00 euros.
Real Companhia Velha Espumante Bruto rosé 2013 chega ao mercado com o preço aconselhado de 26,00 euros.
Quinta do Côtto Vinha do Dote 2016
Sob a batuta da dupla Miguel Montez Champalimaud, na gestão, e Lourenço Charters, na enologia, chega às prateleiras a segunda edição do Quinta do Côtto Vinha do Dote, um néctar que recorda e celebra a história de uma família e sua dedicação secular ao Douro.
Um vinho proveniente de uma vinha velha, localizadas fora do perímetro principal da Quinta do Côtto. Esquecida durante anos, foi redescoberta em 2015 por Miguel e Lourenço que, desde então, se dedicam à regeneração de um “field blend” com mais de 20 castas com cerca de 90 anos (plantada anteriormente a 1930).
Antes de se estrear no mercado, o Quinta do Côtto Vinha do Dote 2016 passou por um estágio de 12 meses em barricas usadas de carvalho francês e português e um repouso de dois anos em garrafa. O resultado é um vinho de cor rubi intenso, com nariz reservado e profundo. O conjunto revela especiarias, pimenta preta, café, fruta madura e amora com algumas notas vegetais a equilibrar. Na boca apresenta bom volume, com frutos silvestres muito presente e expressivos. Um perfil sério, com taninos maduros e texturados, que abrem caminho para um final fresco e persistente.
Um vinho com o preço aconselhado de 20,00 euros.
Quintas de Melgaço Alvarinho Chardonnay 2017
As Quintas de Melgaço lançam neste final de 2019 o seu primeiro vinho topo de gama, o Quintas de Melgaço Alvarinho Chardonnay 2017. Apesar de ser apresentado oficialmente ao mercado este ano, este vinho é uma ambição antiga, resultado de um achado inesperado na adega.
Durante a preparação de um lote de Alvarinho, a base dos vinhos do produtor, foi realizada uma prova cega para testar a qualidade e evolução dos vinhos em estágio. Um dos lotes despertou o interesse da equipa de enologia, que se surpreendeu pela elevada qualidade de uma pequena quantidade de Chardonnay, proveniente de uma antiga parcela de um dos sócios do projeto, localizada numa zona de meia encosta, com exposição a poente.
Seguiu-se uma ousada experiência – um blend entre Alvarinho e Chardonnay, uma casta que se caracteriza pela expressiva capacidade aromática e versatilidade – na tentativa de perceber de que forma o terroir da sub-região de Melgaço poderia criar um Alvarinho “com sotaque” de perfil diferenciador.
O Quintas de Melgaço Alvarinho Chardonnay 2017 estagiou em barricas de carvalho francês durante 18 meses, com movimento regular das borras durante todo o tempo. O resultado é um vinho de cor dourada, com um intenso e elegante perfume e toque aveludado. Complexo e fresco, é ideal como aperitivo ou a acompanhar peixes, marisco, carnes brancas, aves, queijos ou uma boa charcutaria regional. Pode ser consumido já ou guardado, uma vez que o perfil deste vinho sugere uma boa evolução em garrafa durante os próximos seis a dez anos.
Um vinho com o preço aconselhado de 49,90 euros.
Três Bagos Grande Escolha tinto 2015
O produtor de vinhos do Douro Lavradores de Feitoria apresentou uma nova colheita do seu topo de gama, um vinho produzido apenas em anos excecionais. O Três Bagos Grande Escolha tinto 2015, chega ao mercado com uma responsabilidade acrescida, ou seja, 19 pontos atribuídos pelo crítico de vinhos João Paulo Martins, na revista Grandes Escolhas.
Feito a partir da mistura de castas autóctones e provenientes de vinhas velhas – neste caso, com mais de 60 anos –, este vinho remete para a tradição da feitoria dos vinhos de lote. Após a vindima e a escolha das uvas, é dado lugar à fermentação em lagar tradicional e em balseiros de carvalho com maceração prolongada. Por sua vez, o estágio é feito, durante 14 meses, em barricas novas de carvalho francês.
Segundo João Paulo Martins, o Três Bagos Grande Escolha tinto 2015, “mostra tremenda complexidade aromática, onde a mineralidade é sentida, onde a fruta é madura, com bagas negras e algumas notas balsâmicas, sempre com distinta elegância. O ambiente na boca é de enorme harmonia e profundidade. conjunto notável, de absoluto polimento, repleto de sabor.” A combinação equilibrada de poder e elegância contribui para o potencial de envelhecimento em garrafa deste vinho de cor vermelha viva, brilhante e profunda.
Um vinho com o preço aconselhado de 35,50 euros.
Duorum Colheita 2017
O vinho Duorum Colheita foi a primeira marca a ser lançada por João Portugal Ramos em conjunto com José Maria Soares Franco. Foi há dez anos que esta dupla de enólogos decidiu comprar a Quinta de Castelo Melhor, no Douro Superior, para iniciar o projeto Duorum.
Chega agora ao mercado a nova colheita 2017. Um vinho composto pelas castas Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz, que se destaca pela sua cor vermelha profunda e tonalidades violetas. Revela um aroma intenso, fresco e complexo onde dominam os frutos maduros, como a amora, a ameixa e cassis e alguns aromas florais, como a violeta.
Podem-se ainda destacar aromas terciários oriundos da sua “elevage” em barricas. Um final longo e elegante, definido para o perfil Duorum.
É um vinho para acompanhar pratos de carne com sabor intenso, carnes de caça e fumados.
Um vinho com o preço aconselhado de 12,49 euros.
Gloria Reynolds 2009
A história da família Reynolds em muito se relaciona com a própria história do Alentejo. Em 1850 instalam-se definitivamente na região, primeiro como na indústria da cortiça, mas sempre atraídos pelo potencial para a produção de vinho. Robert Reynolds, patriarca da família, foi o impulsionador do negócio, passando, anos depois, a sua paixão pela terra e pelo vinho ao seu filho Robert Rafael e neto Carlos.
Já no novo século, em 1911, Carlos Reynolds tem uma primeira filha, Gloria Reynolds, mãe do atual viticultor do projeto – Julian Reynolds. Inspirado pela história do seu avô, bisavô e trisavô, Julian decide recuperar o rótulo Reynolds, perdido nos anos 70, em honra da sua mãe e de todos os seus antepassados que viveram na região.
Nascia assim o homónimo Gloria Reynolds, um vinho que tem como missão traduzir a paixão da família Reynolds pelas terras do Alentejo, pela casta Alicante Bouschet (introduzida pela primeira vez em Portugal por Robert Rafael Reynolds e seu irmão John) e o terroir especial da herdade da Figueira de Cima, influenciado pelo micro-clima da Serra de São Mamede.
Produzido pela primeira vez em 2002, colheita à qual sucederam as de 2004, 2005, 2007 e 2009, esta última apresentada agora ao mercado, o Gloria Reynolds é elaborado a partir de um blend das castas Alicante Bouschet (50%) e Trincadeira (50%), num conjunto marcado pelos taninos firmes, frescura exuberante e enorme potencial de envelhecimento. Um vinho com um estágio mínimo de cinco anos em garrafa antes de chegar ao mercado.
Um vinho com o preço aconselhado de 49,00 euros.
Quanta Terra Phenomena Pinot Noir Rosé 2018
Mantendo a mesma inquietação que os juntou em 1999, os enólogos Celso Pereira e Jorge Alves apostaram no estudo das zonas limítrofes da região demarcada, geologicamente caracterizada pelas cristas rochosas de granito que ocupam as posições mais elevadas, solos arenosos ou franco arenosos, localizados a uma altitude média de 500 metros, e uma precipitação média anual de cerca de 650 mm. As plantações de vinha são sobretudo dominadas por castas brancas, sendo que resistem algumas tintas, como a Pinot Noir.
“Foi aqui que surgiu a nossa inspiração para procurar um novo perfil de vinhos dentro da gama Quanta Terra, que saísse do classicismo e encontrasse uma personalidade mais moderna, tanto na textura como nos aromas e cores”, confirma Celso Pereira. Pinot Noir seria a casta escolhida para testar este terroir, numa abordagem experimental, mas coerente com o perfil sofisticado dos vinhos da marca. “É assumidamente um projeto que responde a um novo perfil de consumidores, da chamada geração “Millennials”, que procura novas experiências e sabores a um nível de qualidade muito elevado”, acrescenta.
O Quanta Terra Phenomena Pinot Noir Rosé 2018 é primeiro resultado deste projeto. Feito 100% a partir da casta Pinot Noir, foi submetido a um estágio de seis meses em barricas usadas de carvalho francês (33%), barricas novas (33%) e cubas de inox (33%). Com um perfil gastronómico vincado, devido à excelente acidez, é especialmente recomendado para acompanhar pratos mais exóticos, como ostras gratinadas, sushi, paella ou caril de gambas.
Um vinho com o preço aconselhado de 25,00 euros.
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