Branco, tinto, rosé, reserva, nova colheita, verde, maduro, alentejano ou do Douro, vinho generoso, tranquilo ou espumante, as opções chegam a ser tantas quantas as dúvidas.
Muitas pessoas escolhem uma garrafa de vinho porque são atraídas pela forma moderna ou pelo design irresistível dos rótulos e/ou logótipos e não há nada de errado nisso, aliás o objetivo é mesmo esse – levar as pessoas a comprarem! Claro que pode acertar em cheio e encontrar um verdadeiro néctar dos deuses ou então a “embalagem” pode ganhar ao conteúdo. Para principiantes, é uma boa maneira de iniciar a sua carreira de connaisseur de vinhos, mas existem ainda outras dicas para fazer dessas primeiras escolhas, escolhas acertadas!
- A ocasião e/ou a refeição em que será servido o vinho, pode ser o principal guia para a sua escolha. Embora cada vez mais discutida, a regra de ouro – tinto para pratos de carne e branco para pratos de peixe – continua a valer e é um bom começo quando estiver frente a frente com centenas de garrafas! Porém, não tenha receio de inovar – afinal um vinho não é para ser bebido, é para ser apreciado.
- O preço é um fator que pode perfeitamente orientar a escolha de uma garrafa de vinho, existindo garrafas que vão de poucos, a dezenas ou até mesmo centenas de euros, e tudo na mesma prateleira. Como saber? Claro que uma garrafa de vinho que custe 20€ terá de ser de maior qualidade quando comparada com uma de 5€, mas isto não quer dizer que a mais barata seja horrível. Se ainda é um amador na questão dos vinhos e não tem a certeza absoluta do que está a fazer, escolha o mais barato para depois não “chorar o prejuízo”. Se, por outro lado, não tiver nada a perder, experimente um vinho mais caro – já diz o velho ditado “quem não arrisca, não petisca”.
- A graduação alcoólica, mais ou menos elevada, é outra característica que pode ajudar na decisão por este ou aquele vinho. O grau de álcool visível no rótulo da garrafa em forma de percentagem corresponde ao número de litros de álcool por cada 100 litros de vinho. Na prática, um vinho com uma percentagem mais elevada é mais forte; enquanto um vinho com uma percentagem de álcool reduzida é, naturalmente, mais leve.
- Outra dica interessante para quem quer escolher um vinho irrepreensível, é estar atento à classificação do vinho, uma informação que pode ser igualmente encontrada no rótulo. No caso dos vinhos portugueses, a designação de qualidade elevada é o VQRD/DOC (Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada/Denominação de Origem Controlada); nos rótulos franceses consta o AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) e nos italianos o DOC (Denominazione di Origine Controllata) e as DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita). Se estiver atento a um detalhe tão importante como este, ficará certamente bem servido.
- Procure uma garrafeira ou loja gourmet com pessoas especializadas que possam ajudá-lo na escolha das suas primeiras garrafas ou na compra de um vinho para uma ocasião especial. Veja com calma, faça as perguntas que quiser e não desespere na busca de uma boa garrafa de vinho – a escolha deve ser o início dos muitos prazeres associados ao maravilhoso mundo dos vinhos. Porém, não deixe ninguém pressioná-lo durante o processo de escolha, obrigando-o a comprar esta ou aquela marca, ou a gastar mais dinheiro do que pensava.
- Mantenha uma lista dos vinhos que mais apreciou e, porque não, daqueles que definitivamente não quer voltar a comprar. Inclua notas sobre o que gostou mais e menos, a reação das pessoas a quem foi servido e o preço. Com uma seleção pessoal e atualizada de vinhos aprovados e desaprovados, as próximas compras serão bem mais fáceis.
- Mas não se limite à sua lista, sempre que possa vá experimentando vinhos de regiões, países ou anos diferentes. Afinal de contas, se não come a mesma comida todos os dias, porque é que há-de beber sempre o mesmo vinho? Metade do prazer está no experimentar, até porque o vinho pode proporcionar-lhe viagens por todo o mundo.
- Para se tornar num verdadeiro expert, existem várias ferramentas úteis que o podem orientar na magnífica aventura pelos sabores e aromas dos vinhos: desde revistas e sites especializados, passando pelos blogues, a experiências mais práticas, como os cursos de degustação de vinho ou as feiras e provas de vinho que já se realizam com alguma frequência um pouco por toda a parte, estando integradas no cada vez mais popular enoturismo.
- Por fim, já sabe: copos ao alto, saúde e bom proveito!
Saiba mais sobre o Favaíto, vencedores do Prémio Cinco Estrelas 2016, com uma classificação global de 7,47, numa escala de 1 a 10. Realmente Cinco Estrelas!
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