“As estrelas principais são os legumes, sem dúvida. A base vegetal, como acontece com toda a cozinha com a inspiração algarvia mantém-se, bem como o ad on do peixe ou molusco”, explica o chef João Viegas, à frente do Atlântico. Como exemplo, aponta os novos Cogumelos de coentrada, inspirados nos Pezinhos de Coentrada, ou o Brás de alho francês fermentado com alface grelhada e abóbora, que irá estrear também nesta temporada.
Para o cozinheiro algarvio, o maior desafio tem sido recriar receitas icónicas do receituário da sua região “mas no lado vegetal, a encontrar as texturas e os sabores mais aproximados”. A par disto, a preocupação em trabalhar e dar a conhecer bom produto é quase uma obrigação, especialmente em relação a tudo o que vem do mar, para onde as janelas — e os lugares exteriores — do restaurante desaguam: “Vamos usar a lula de anzol, que é da época, o pargo, e peixe da lota, conforme a disponibilidade do que existe diariamente. Não serão fixos no menu, é conforme o que há no dia”.
Embora tenha um registo assumidamente fine dining e um ambiente mais elegante, os sabores remetem-nos sempre para o Algarve, e é por isso que a carta apresenta Caldeirada (que também pode ser vegetal, com batata-doce e plantas halófitas) e Arroz de lula, bem como a Sopa de peixe, sapateira e azeitona, numa apresentação do imaginário gastronómico que é tao próximo ao chef e que tão bem representa o histórico gustativo nacional. A Ostra da Ria Formosa, chega à mesa com maçã e funcho e no menu podermos ainda encontrar o Brioche de gamba, com coentros e alho frito, um dos pratos mais famosos deste projeto.
Até 1 de maio, o restaurante funcionará apenas ao almoço. A partir de 4 de maio, abre, em exclusivo, ao jantar. As reservas podem fazer-se pelo telefone 282 310 100 ou através do e-mail fb@vilavitaparc.com
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