O Jamie’s Italian, que no passado dia 26 de janeiro completou o seu quinto aniversário, aproveitou este momento festivo para dar uma nova vida à carta deste restaurante especializado em pratos de inspiração italiana localizado no Príncipe Real. Sendo este um espaço que, para além dos turistas, vive muito dos clientes que várias vezes por semana aqui fazem as suas refeições, o Jamie’s Italian sentiu a necessidade de apostar em pratos que conseguissem surpreender os habitués e não só.
A secção das entradas conta com quatro novas adições: a Apple & Squash Soup, sopa de abóbora assada com maçã, sálvia crocante, sementes de abóbora, crème fraiche e ciabatta tostada (3,95€); o Stuffed Squid, lulas estufadas recheadas com camarão, courgette, alcaparras e anchovas, molho de tomate e marisco e ciabatta tostada (8,25€); o Spicy Polpette, almôndegas de carne, com ´nduja e mozzarella, molho de tomate, ciabatta tostada, parmesão e manjericão (5,95€); e o Verdure Fritte, tempura de legumes leves e crocantes, com molho de limão e especiarias a acompanhar com maionese vegan de alho (5,25€).
A nova carta, que foi implementada em dezembro, está repleta de novidades e de técnicas de confeção que fogem aquilo que é habitual em Portugal. No campo das pizzas e das massas poderá escolher entre a Beef Polpetta, com molho de tomate, mozzarella, almôndegas, alho, orégãos e parmesão (12,95€), a The Carbonara, molho branco, mozzarella, ovo, pancetta fumada, alho francês, alecrim e parmesão (11,75€), o Funghi Risotto, um risotto com cogumelos assados, legumes da estação e mozzarella (15,25€) ou o Tuscan Lamb Pappardelle, uma perna de borrego desfiada, ragu de ervilha & hortelã, pappardelle, pangrattato de ervas aromáticas e parmesão (16,25€).
O facto de ter passado parte dos seus 28 anos de carreira a trabalhar em Itália, deu ao chef João Lino outra compreensão sobre a preparação e confeção que este tipo de pratos envolve. Por exemplo, no pappardelle "há uma preparação. É temperado no dia anterior e depois vai a estufar mais quatro horas em lume brando. É todo um processo”, refere sobre este prato cujo estufado já está previamente preparado sendo apenas necessário cozer a massa que é feita diariamente in loco. Apesar de a cozinha ter sempre o cuidado de minimizar o tempo de espera, uma das coisas que João Lino tenta explicar aos clientes que vêm com o tempo contado é que não é possível apressar a cozinha italiana. “É como o risotto, demora aquele tempo [10 minutos a abrir e a finalizar]. Depois o que acontece é que a pessoa prova e diz ‘Já comi melhor’”, elucida sobre a importância em se respeitar o tempo de cozedura.
Para além dos clássicos, no menu é possível encontrar pratos de outras culturas onde não falta o toque italiano, como é o caso do Fish & Chips, filete de peixe, em polme de cerveja, chips de polenta, puré de ervilhas e molho tártaro de alhos assados e alecrim crocante (18,25€), do Sticky Balsamic Lamb, perna de borrego, lentamente estufada, batatas novas esmagadas, molho de limão orégãos e rebentos de ervilhas (19,95€) ou do Jamie´s Mixed Grill, fraldinha, coxinha de frango dourada, linguiça com funcho, cogumelos portobello com ervas, tomates assados, ketchup picante, rúcula apimentada e acompanhamento à escolha (18,95€).
Sendo este um restaurante com ADN italiano mas que tem como target principal o público português, fazia todo o sentido incorporar um pouco da cultura portuguesa no seu menu. Assim, o espaço do Príncipe Real é o único no mundo onde é possível encontrar a opção de prato do dia. Ainda que tudo aquilo que entra na carta tenha de contar com o selo de aprovação de Jamie Oliver, é na criação das receitas dos pratos do dia que João Lino consegue implementar um pouco da sua criatividade nas propostas que, graças às novas tecnologias, chegam às mãos do chef britânico e da sua equipa num ápice.
“Parte tudo de mim: princípio, meio e fim. É tudo executado por nós e depois vai à aprovação”, explica sobre este processo de troca de ideias que descreve como “um desafio constante” à sua capacidade de inovar ainda que respeitando uma linha italiana. “Às vezes vem para trás, eu ligo-lhe e ele diz-me ‘Não gostei’. E eu digo ‘Porquê?’, ao que responde ‘Em vez de risotto punha um linguine nero.’ Eu faço o teste outra vez e digo-lhe ‘Vou-te mandar a fotografia, a ficha técnica e vê lá se aprovas’. Depois tem os cozinheiros dele que fazem o teste com a ficha técnica e ele diz ‘Sim ou Não’”.
Todos os pratos são confecionados de acordo com uma ficha técnica que vem diretamente de Londres e que tem de ser cumprida de forma escrupulosa por todo o staff. Os ingredientes são contabilizados ao milímetro de forma a que todas as opções que chegam à mesa não tenham “grandes oscilações” e o espaço consiga “manter uma linha coerente” ao nível da apresentação e da qualidade. É de destacar que o Jamie’s Italian só utiliza matéria-prima 100% sustentável na sua cozinha, proveniente de fornecedores italianos e portugueses, e que tenta minimizar o desperdício alimentar através do doseamento dos ingredientes utilizados na confeção dos pratos e do cumprimento dos prazos de validade dos seus produtos.
Comentários