A envolvente
O Paladar da Guia fica na Casa da Guia, um espaço localizado na estrada do Guincho. Ideal para um passeio de domingo, aproveitando o melhor que a primavera tem para nós. Trata-se de um local de referência à saída de Cascais, situada na antiga Quinta dos Condes de Alcáçovas. Preserva ainda o Palacete do séc. XIX, totalmente recuperado pelo arquiteto Cláudio Wanderley, em 1999, que vale uma visita antes ou após a refeição.
A esplanada
O Paladar da Guia tem uma esplanada de fazer inveja a muitos restaurantes. Mesmo ao lado do mar, até conseguimos avistar a Boca do Inferno. Pudemos comprovar isso mesmo na visita que fizemos ao espaço, no final de janeiro, num dia de céu limpo e quente, a fazer lembrar os dias de primavera.
Seja para uma refeição, seja para beber algo, seja para petiscar, o espaço tem tudo para ser um dos lugares mais concorridos desta estação.
Os pratos que nos lembram a cozinha de casa da mãe
Arroz de polvo (25€, para duas pessoas), ao estilo malandrinho como manda esta receita tradicional portuguesa? Temos aqui. Pastéis de bacalhau (2,50€ a unidade)? Também. Filetes com arroz de ameijoa (17,50€) ou Bacalhau à Zé do Pipo (16€) também se encontram na carta.
Mas há mais para lá da tradição neste espaço. Prova disso é o tártaro de salmão (14€) ou o ceviche de robalo (14€), nas entradas, ou Bochechas com puré de batata doce (16€) e Magret de pato com risoto do bosque (25€), nos pratos principais.
Se optar por apenas petiscar há o tradicional Prego no pão (6€), Asas de frango picantes (8€), Tábua mista (25€ para duas pessoas), Camarão salteado com alecrim e malaguetas (10€), Ameijoas à Bulhão Pato (13€), Salada de Polvo (8,50€) ou Salada de Bacalhau com grão (8€), são algumas das opções.
Mas há muito mais para degustar nesta carta. A cozinha é liderada pelo Chef João Pereira. “Identifico-me com a cozinha tradicional portuguesa. Sou da Região Oeste - Venda do Pinheiro - e sempre me interessei pela cozinha e a conjugação de sabores”, partilhou o chef que anteriormente trabalhou para o grupo Quinta do Lago, com a Chef Justa Nobre e chefiou a cozinha de um restaurante no Oeste, o Saloio, que pratica cozinha tradicional portuguesa. “Aqui, quero trabalhar de forma diferente o peixe e a carne, introduzir pratos novos”, concluiu.
A simpatia da Magui, a proprietária do espaço
Há mais de 18 anos que Magda, ou Magui como é conhecida, abriu o Paladar da Guia, mas a sua experiência em restauração começou muito antes, quando abriu o restaurante Forno Velho, na Rua da Salitre, em Lisboa.
A “culpada” por lançar Magui neste mundo foi a mãe, que assume que “cozinhava muito bem”. Quando abriu o Paladar da Guia, deixando Lisboa para trás, decidiu que iria apresentar a cozinha que fazia para os amigos. “Os pratos pedem tempo para ser confecionados”, explica e dá o exemplo da Paella de Marisco (28€ para duas pessoas).
Portanto, se visitar o restaurante e optar por alguns pratos da carta, venha sem pressa. Uma boa desculpa para aproveitar o espaço exterior e apreciar a vista para o mar.
O fondant de abóbora
A carta de sobremesas é diversificada, mas a nossa sugestão recai no fondant de abóbora (6,50€), apesar de ter competição à altura com o petit gateaux de caramelo salgado com bola de gelado (6,50€). Não que o segundo não corresponda às expectativas – como não gostar de uma sobremesa que misture chocolate e caramelo salgado? – mas o fondant de abóbora é o twist que precisamos para nos adoçar o final de refeição e que prima exatamente pela diferença. E é a prova de que é possível fazer-se sobremesas com ingredientes-chave diferentes do habitual. Há ainda outras opções como pana cota de frutos vermelhos (4,50€), praliné de avelã (6,50€), tarte de lima (5€) ou tiramisu de framboesa (6,50€).
Se gosta de sobremesas mais tradicionais pode sempre optar pelo habitual doce da casa (5€), leite creme queimado (5,50€), mousse de chocolate (5€), baba de camelo (5€), tarte de Lamego (5,50€), um doce típico da região que podemos degustar neste restaurante, ou ainda um tradicional bolo de chocolate à fatia (5€).
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