A Zara está a ser acusada de sexismo em Espanha e a culpa é dos dois novos carrinhos de compras acolchoados que integram a nova coleção de moda da marca. As novas propostas estão disponíveis na secção feminina dos pontos de venda dos produtos da etiqueta, uma opção que tem, contudo, sido muito criticada pelos utilizadores das redes sociais. "Outono de 2020. A Zara está a vender um carrinho de compras. Só está disponível na secção das mulheres", indignou-se um internauta espanhol no Twitter.
A constatação deu, de imediato, azo a comentários e a acusações. "Estão a perpetuar papéis e estereótipos", lê-se numa das muitas críticas. "Isto é machismo", considera o autor de outra. Apesar da contestação de uns, também não faltam elogios de outros, que fazem uma leitura ambientalista do novo lançamento. Até 2025, a Zara ambiciona ser uma marca ecológica e muitos encaram o desenvolvimento deste novo produto como (mais) uma forma de combater a utilização de sacos de plástico nas idas às compras.
A polémica nas redes sociais, que ultrapassou fronteiras, não poderia ter sido, no entanto, a melhor campanha de marketing. Os novos carrinhos de compras, fabricados em poliéster, alumínio e metal, que estão a ser vendidos por 49,95 €, desapareceram das lojas em poucas horas, obrigando a Inditex a repôr stocks. "Ninguém imaginava que, esta estação, a Zara nos surpreendesse com um objeto de desejo tão inusitado", sublinha Cristina Acebal, especialista em moda que colabora com o jornal espanhol Expansión.
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