Um majestoso pátio interno, cercado de uma belíssima colunata, recebeu as últimas criações da ex-Spice Girl.

Na entrada do ministério, cerca de 20 militantes do movimento ecologista Extinção Rebelião questionavam o público.

"Estamos aqui para protestar contra essa obsessão em comprar roupa nova", disseram, em alusão ao impacto ambiental negativo que a moda está a provocar.

Longos vestidos de seda em rosa claro e violeta e camisas com golas pontiagudas, acompanhadas de blaxers em pied-de-coq, deram um ar setentista a silhuetas vaporosas e naturalmente elegantes.

Todas desfilaram diante do olhar atento da família Beckham completa: o ex-jogador David Beckham e os quatro filhos do casal - Brooklyn, Romeo, Cruz e Harper -, sentados na primeira fila, ao lado da grande sacerdotisa da moda Anna Wintour, editora-chefe da edição americana da revista Vogue.

"A leveza, a simplicidade e a liberdade são ideias que dominaram a composição desta coleção", explicou Victoria Beckham na apresentação.

"Brinquei com o corte masculino, justo, e vestidos amplos que deixam o corpo respirar, vestidos femininos e um pouco românticos", enumerou.

Na paleta de cores, Victoria escolheu o bege, o caqui e o amarelo claro, em contraste com o verde e o violeta. Tons únicos e poucos estampados vivos sobre um fundo mais escuro.

"É algo que não tínhamos feito antes", explica a estilista, que aposta "numa nova forma de vestir de forma sexy, sem restrições e sem mostrar demasiado".

"Para mim, tudo isto representa uma mulher que se sente confortável e sensual ao vestir-se assim", acrescentou.

Vestindo uma camisa de cor caqui e umas calças de cintura alta vinho, ela cumprimentou rapidamente o público, sorridente, após o desfile.

A marca Victoria Beckham tem 400 postos de venda em 50 países. As vendas da marca aumentaram 15%, mas continuam a registrar perdas.

Após criá-la em 2008, a ex-Spice Girl acaba de lançar a sua linha de cosméticos, a Victoria Beckam Beauty. Para isso, associou-se a Sarah Creal, ex-diretora da Estée Lauder.