Nunca gostou de moda, chegou a assumir publicamente. No entanto, foi a vender roupa, calçado, acessórios e perfumes que criou um império global. "Nunca pensei que viria a ser estilista. Eu nem sequer sabia o que é que um estilista fazia. Mas, lá no fundo, sabia que tinha dentro de mim uma necessidade enorme de me expressar", admitiria, anos mais tarde, no auge da carreira, o estilista e empresário norte-americano Ralph Lauren. Depois de ter saído da tropa, foi contratado como comercial para vender gravatas.
Pouco depois, sem que ninguém o tivesse ensinado, começa ele a fazê-las e a comercializá-las. Aos 28 anos, em 1967, funda a Ralph Lauren Corporation e, a partir daí, nunca mais para. Em 1971, lança a marca feminins Ralph Lauren Women's Collection e, em 1994, a etiqueta masculina Ralph Lauren Purple Label. Nessa altura, já tem a Polo Ralph Lauren, a Ralph by Ralph Lauren, a Polo Sport e a Double RL. A lista inclui ainda a Ralph Lauren Watch & Jewelry Company, desenvolvida em parceria com a Compagnie Financière Richemont SA, além da Women's Polo, da Lauren Ralph Lauren, da Polo Golf, da RLX Golf, da Pink Pony, da Ralph Lauren Children, da Denim & Suply Ralph Lauren, da Chaps, da Club Monaco e da American Living.
Nascido a 14 de outubro de 1939 no Bronx, em Nova Iorque, nos EUA, o mais novo dos quatro filhos do casal de imigrantes bielorrussos judeus Frank Lifshitz e Frieda Cutler, que faz hoje 82 anos, foi um homem carismático, elegante e (muito) sedutor, mas também um visionário, no período áureo da sua vida. A par da moda, Ralph Lauren investiu na perfumaria e na decoração, criando uma marca de mobiliário e uma marca de tintas. Em 1999, adicionou a restauração ao portefólio de investimentos.
Depois do RL Restaurant Chicago, nos EUA, abriu o Ralph's em Paris, em 2010. Em Nova Iorque, inaugurou, em 2014, o Ralf's Coffee e, logo no ano seguinte, o The Polo Bar. "As coisas que faço têm a ver com a vida. Nunca foi minha intenção levar as pessoas a comprar apenas uma camisa ou um vestido. A minha pretensão é levá-las a sentir que fazem parte de um sonho", assume o filantropo. No final de março de 2020, doou 10 milhões de dólares, cerca de 8,6 milhões de euros, para combater a pandemia.
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