O animal, protagonista de um livro, campanhas de publicidade e até de uma coleção de acessórios felinos, entrou na vida do estilista em 2011.

"Choupette é o centro do meu mundo. É uma espécie de Greta Garbo, tem algo inesquecível na maneira de se mover. Inspira-me pela sua elegância e sua atitude", dizia o criador.

"Esta gata era de um amigo que pediu à minha empregada se podia cuidar dela durante as duas semanas em que viajaria. No regresso ele não veio buscar a Choupette. Tive outro gato, que engordou, e Choupette transformou-se na gata mais conhecida do mundo, mas também na mais rica", disse Karl Lagerfeld à revista Vanity Fair.

No programa de TV francês "Le Divan", Lagerfeld reconheceu que tinha uma relação muito especial com a gata. "Faz-me rir de mim mesmo, mas no final do dia isso não me incomoda nem incomoda ninguém", diz.

"Choupette é uma menina rica, tem a sua própria fortuna. Se me acontecer alguma coisa, a pessoa que cuidar dela não ficará na miséria", disse.

O estilista explicou várias vezes que não guardava o dinheiro que a Choupette ganhou nos seus contratos publicitários, cerca de 3 milhões de euros, segundo várias fontes.

Lagerfeld, que se transformou no agente da própria gata, não aceitava que ela aparecesse em anúncios de comida. "É muito sofisticada para isso! Tem algo único, é como um ser humano, mas com uma qualidade: o silêncio", dizia.

Atribuiu a Choupette duas damas de companhia e um guarda-costas. O animal comia na mesa junto ao dono, numa vasilha de prata.

Mais do que ópera, Choupette gostava de música sul-americana e odiava vozes agudas, segundo o livro "Choupette, la vie enchantée d'un chat fashion" ("Choupette, a vida encantada de uma gata fashion"), publicado em 2014.

Em junho de 2015 Brigitte Bardot escreveu uma carta para a gata, pedindo que "ronronasse no ouvido" do dono para que "deixasse de utilizar pele nas suas coleções".