O mestre Giorgio Armani, o primeiro a fechar as portas ao público há 18 meses, quando a covid-19 se começou a espalhar na Lombardia, irradiava felicidade ao apresentar a sua nova coleção a um público de convidados seletos no segundo dia da Semana da Moda de Milão.
"Receber o público é emocionante. Embora agora a palavra passe para o público! Como sempre, vamo-nos expor ao seu julgamento!", comentou o criador da icónica marca italiana.
O estilista, que revisou alguns dos símbolos da empresa, continua a experimentar depois de tantos anos e usa materiais inovadores, como quando lançou a sua marca em 1981 e se estabeleceu no panorama internacional.
Armani, que desde então aposta em oferecer roupas funcionais e ao mesmo tempo elegantes a preços acessíveis, continua a conquistar a audiência com as suas propostas, peças às vezes unissexo, blazers amplos, de corte perfeito, que todos querem ter no armário, como uma joia.
"Lembro-me do dia em que desenhei o logo da águia, que se tornou em seguida no logo da Emporio. Estava a falar ao telefone com Sergio Galeotti, meu sócio na época, que me dizia: Temos que criar a nossa própria Lacoste! Pensei, o que será que voa alto sobre todas as pessoas? Pois então, a águia", contou.
A chamada "revolução silenciosa", que Armani causou no mundo da moda, sobrevive há quase meio século graças à introdução do denim, com o qual abriu o desfile em Milão com jeans em patchwork.
A elegância e a sobriedade destacam-se na nova coleção, inspirada em países longínquos, com calças fluidas que evocam o deserto, camisas de gola Mao e cores vivas de terras distantes.
As suas roupas não são rígidas, mas sempre leves, flexíveis, em linho ou seda lavada.
Como faz para continuar a inovar? À pergunta, o estilista responde sem hesitar: "Olhando ao meu redor e não fazendo o que me propõem. Essa é a minha forma de pensar e nunca me vou render", admitiu.
Veja o desfile na íntegra em baixo.
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