“Modelo pouco saudável”, foram as palavras que a Autoridade para Padrões Publicitários do Reino Unido utilizou para descrever uma das imagens da última publicidade da Gucci.
“Nós consideramos que o seu tronco e braços eram muito magros e pareciam desproporcionais face à cabeça e membros inferiores. Para além disso, a sua pose alongava o seu tronco e acentuava a sua cintura, que parecia ser muito pequena”, foi desta maneira que a Autoridade para Padrões Publicitários começou por descrever o anúncio da coleção Cruise 2016. “Também consideramos que a sua expressão facial, maquilhagem escura, particularmente em torno dos olhos, faz com que a sua cara pareça esquelética”, concluiu.
Por outro lado, a Gucci defendeu que o anúncio em causa “era destinado a uma audiência mais velha e sofisticada”, que coincidia com o meio em que foi visionado: o site do jornal The Times.
Apesar da marca italiana reconhecer que as modelos tinham um porte magro, alegava que a imagem não podia ser interpretada como “pouco saudável” uma vez que “não existiam ossos visíveis", a maquilhagem das modelos "era natural” e a iluminação utilizada na publicidade “era uniforme”, assegurando que não existissem sombras que pudessem passar uma imagem errada da jovem.
Apesar de tudo, a Autoridade para Padrões Publicitários do Reino Unido decidiu banir o anúncio em território inglês, descrito como “irresponsável” devido à “magreza pouco saudável” da modelo.
Recorde-se que já não é a primeira vez que casos destes acontecessem. Um dos casos mais marcantes aconteceu em 2007, quando a marca italiana ‘Nolita’ lançou uma publicidade com a modelo anorética Isabelle Caro. Apesar de na altura as intenções da marca serem chamar a atenção para o problema da anorexia, a publicidade foi mal vista pelo público.
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