80% dos países ainda testa cosméticos em animais, uma realidade que uma organização não-governamental (ONG) britânica quer inverter até 2020. Em parceria com uma conceituada marca de cosmética e de produtos de cuidados corporais global, a Cruelty Free International está a tentar recolher oito milhões de assinaturas para levar a petição que exige o abandono total desta prática à apreciação das Nações Unidas.
«Isto não é um ataque a outras marcas. É mais uma forma de pressão. Existem outras alternativas a esses testes que são mais seguras, mais rápidas e até mais baratas», afirmou hoje em Lisboa Jessie Macneil-Brown, responsável pelas campanhas e responsabilidade social da The Body Shop, a primeira marca de cosmética global a exigi-lo, durante uma apresentação da gama de maquilhagem vegetariana que comercializa.
Em 1989, a empresa conseguiu convencer as autoridades do Reino Unido a proibir a prática e, na Europa, conseguiu vitórias semelhantes em 2004, 2009 e 2013. «Já tivemos de mudar de fornecedores e de alterar fórmulas de produtos. Levamos isto muito a sério», assegura a britânica, que anunciou que a Austrália acaba com os testes de cosméticos em animais já em 2018.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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