Extrair gordura e excesso de pele das pálpebras superiores e inferiores é uma das formas de conseguir um olhar mais jovem e renovado. Denominado blefaroplastia, consiste na remoção da epiderme enrugada e descaída dessa zona dos olhos. No Brasil, um dos países do mundo onde se fazem mais cirurgias plásticas, esta intervenção representa já cerca de 10% dos procedimentos estéticos realizados, avança um estudo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Só em 2011, foram realizadas mais de 90.000. Foi a quinta intervenção mais procurada, a seguir à lipoaspiração, à mamoplastia de aumento, à mamoplastia/pexia e à abdominoplastia.
Esta técnica cirúrgica realiza-se numa sala de operações, mas os pacientes ficam na clínica apenas algumas horas após a intervenção. Costuma realizar-se sob efeito de anestesia local e sedativos, se bem que também se pode fazer sob anestesia geral, se o cirurgião preferir. Depois da cirurgia, é habitual aplicar uma pomada para lubrificar os olhos e, nalguns casos, usa-se uma venda suave. Geralmente, as pálpebras ficam inchadas durante uma ou duas semanas e as sequelas podem ser disfarçadas com maquilhagem.
«Os olhos ficam pisados durante uma semana e os pontos são retirados quatro dias ou uma semana depois da cirurgia», refere José Amarante, cirurgião plástico. De acordo com José Amarante, «não se sente praticamente dor», mas podem surgir algumas nódoas negras. Quinze dias depois, as pálpebras voltam ao normal e o resultado definitivo vê-se ao fim um mês. Se usa lentes de contacto só as poderá usar duas semanas depois, embora, algumas pessoas possam sentir algum desconforto por mais tempo.
Texto: Rita Caetano com José Amarante (cirurgião plástico)
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