Não há dúvida de que o pescoço é uma das áreas mais negligenciadas do rosto, no entanto, existem cuidados estéticos não invasivos que permitem combater o seu envelhecimento e favorecer o rejuvenescimento da pele dessa zona.
Uma das tecnologias baseia-se na reestruturação das fibras de colagénio, através da combinação de ultrassons e de radiofrequência.
A pele do pescoço envelhece mais facilmente do que a pele de outras zonas do corpo ou do rosto. Este envelhecimento ocorre porque a pele desta zona é mais fina, possuindo menos pontos de adesão que ajudem a manter o tecido firme durante mais tempo.
Para além disso, e por ser uma área mais exposta aos factores ambientais que causam envelhecimento, como é o caso do sol, do vento, etc., merece cuidados extra.
A tecnologia que vamos abordar apresenta uma solução não invasiva e rápida no combate ao envelhecimento do rosto, e em particular do pescoço, uma zona que apresenta grandes desafios aos cuidados de estética.
Este sistema assenta numa tecnologia denominada por CRT (Tecnologia de Reestruturação de Colagénio), que resulta em todos os tipos de pele, tendo em consideração a tipologia das causas de envelhecimento. Ela favorece o rejuvenescimento da pele através de uma nova reestruturação das fibras de colagénio, ao combinar ultrassons e radiofrequência.
Esta combinação simultânea de tecnologias permite o acesso e o cuidado de tecidos anteriormente resistentes, multiplicando os efeitos de ambas as técnicas. No rejuvenescimento facial, as estruturas de hélices triplas das fibras de colagénio existentes na pele (que estão danificadas pelas marcas do envelhecimento) são atingidas pelo calor da radiofrequência, iniciando o seu processo de desmoronamento.
Por sua vez, as ondas mecânicas dos ultra-sons criam ondas de ressonância que auxiliam bastante este processo de perturbação das fibras de colagénio. Esta abrupta combinação de energias (RF e ultrassom) dissocia as estruturas de colagénio.
Depois de as estruturas de colagénio serem atingidas, o processo natural de cura do nosso corpo começa a regeneração da matriz dérmica. Os fibroblastos vão produzir activamente novas fibras de colagénio e provocar uma nova reestruturação da pele. A estrutura da pele é assim preenchida com o novo colagénio.
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Radiofrequência
Alta-frequência monopolar focalizada, com eléctrodo de referência em sistema fechado. 120W de potência máxima para corpo e 50W para rosto, atingindo o máximo de 3cm de profundidade para o corpo e 0,5cm para rosto.
Ultrassom
Potência de 2W por cm2 e 2MHz. Alta frequência, por isso não provoca cavitação (rebentamento do adipósito).
Graças a um aplicador facial, esta tecnologia pode ser utilizada em todas as zonas do rosto e do pescoço, permitindo a refirmação da pele com reestruturação das fibras de colagénio, o que se traduz numa pele mais suave e firme com uma diminuição de rugas e a criação de um efeito lifting facial e antienvelhecimento, imediatamente após cada sessão. Este cuidado facial é bastante eficaz para actuar em zonas como o pescoço, tanto na refirmação de tecidos, como na eliminação da gordura.
Duplo queixo
Nesta zona, a tecnologia actua em duas vertentes:
1. Redução de volume
O ultrassom, combinado com a energia de alta-frequência (RF ), permite o acesso e o cuidado dos tecidos gordos, chegando com precisão à gordura profunda, enquanto o arrefecimento da superfície protege a estrutura dérmica e regula a temperatura da pele. O mecanismo de acção consiste no facto de as ondas ajudarem a libertar a gordura das suas estruturas, causando a separação da formação gorda em unidades individuais, de forma a que as células adiposas fiquem mais expostas e acessíveis, ficando assim preparadas para um cuidado eficaz. As ondas ultrassónicas quebram a estrutura do tecido fibrótico gorduroso. Por sua vez, o processo de lipólise no tecido adiposo é acelerado, diminuindo o volume da camada de gordura, que é eliminada progressivamente pelo corpo humano.
2. Flacidez da pele
Em seguida, actua-se no cuidado da flacidez da pele nesta zona do pescoço. A sinergia das duas tecnologias (RF e ultrassom) produz uma acção nas células, com benefícios através da acção térmica e mecânica, aumentando o metabolismo dos tecidos, rejuvenescendo as células – a que se chama neocolagénese metabólica –, refirmando a pele e deixando-a suave e rejuvenescida. Em conclusão, esta fonte de energia em forma de radiofrequência e ultrassons é segura, conseguindo reactivar os tecidos que formam as adiposidades localizadas, diminuir o seu volume e a flacidez cutânea.
Cátia luz, esteticista, explica que, “sendo por si só frágil, fina e exposta, a pele do pescoço sofre ainda por ser muitas vezes negligenciada. Os cremes, séruns e demais produtos aplicados no rosto, não chegam na maioria das vezes a esta zona. Por estas e por outras razões, esta é uma das áreas a sofrer os primeiros sinais de envelhecimento.
Hoje, graças às recentes tecnologias, os cuidados tornam-se mais simples e eficazes. Contudo, a palavra de ordem, tem que ser a prevenção e é aqui que a esteticista tem um papel activo no aconselhamento da cosmética e cuidados mais adequados”.
Em relação ao protocolo a profissional recomenda, “as sessões com este equipamento são simples e rápidas, 5 minutos por zona. Para os cuidados de rosto e/ou pescoço, deve ser programada uma sessão semanal ou de 10 em 10 dias, para um total de 3 a 4 sessões. Toda a área do pescoço leva entre 10 e 20 minutos mais 10 a 15 minutos no decote. O principal objectivo é conseguir obter uma pele mais jovem, com menos sinais de envelhecimento e sem recurso a técnicas invasivas”.
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O pescoço precisa de passar por um ritual diário de limpeza, tonificação, hidratação e fotoprotecção, só assim se consegue evitar o seu envelhecimento. É importante que, depois dos cuidados em gabinete, continue a cuidar da pele do pescoço em casa com os cosméticos e massagens adequadas a cada caso.
Profissional:
Profissional: Cátia Luz
Modelo: Teresa Costa
Fotografia de entrada: Lancaster
Fotografia passo-a-passo: José Albino, 10x15
Agradecimentos: Exilis, BTL; My Moment, Lisboa
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