Há um gene que determina o que sentimos pelos outros. Denominado OXT, é responsável pela oxitocina, a substância que muitos especialistas garantem ser «a hormona do amor». Um novo estudo levado a cabo pela Universidade da Georgia (UGA), nos EUA, divulgado a 20 de junho de 2016 pelo jornal Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), garante que as pessoas que a produzem em pouca quantidade são menos felizes nos relacionamentos românticos.

Além de terem uma maior dificuldade em apreender as expressões faciais dos (potenciais) parceiros, sentem «maior ansiedade nos relacionamentos com as pessoas de que gostam», concluíram os investigadores, que associam essa situação a um processo de metilação. «[Esse] restringe a capacidade de expressão desse gene», explica Brian Haas, coordenador do estudo, professor assistente de psicologia no Franklin College of Arts and Sciences da UGA.

«Todos os nossos testes indicam que o gene OXT desempenha um papel importante no comportamento social e na função cognitiva», acrescenta ainda. Nesta primeira fase, foram desenvolvidas experiências laboratoriais com 120 pessoas. «Vão, contudo, ser necessários mais estudos», assegura o especialista. A confirmação da atuação deste gene, apenas possível com uma amostra maior, permitirá a melhoria dos tratamentos para distúrbios sociais e comportamentais.

Texto: Luis Batista Gonçalves