É normal que os jovens vejam pornografia? É. Mas é saudável? Nem por isso. Mais: folhear de vez em quando a velhinha Playboy escondida no armário dos pais era uma coisa; ter acesso a milhares de conteúdos pornográficos de todas as espécies e feitios com um simples clique, é outra coisa bem diferente. E perigosa.
Um estudo do Pew Research Center, de Washington DC, publicado pela prestigiada revista Psychology Today, revela que 78% dos adolescentes norte-americanos com telemóvel entre os 12 e os 18 anos acedem tranquilamente, sem qualquer vigilância ou constrangimento, a pornografia online. Muitos admitem procurar ativamente este tipo de conteúdos, mas 28% diz que os encontram acidentalmente através dos chamados pop-up´s.
Se a curiosidade sexual é perfeitamente compreensível nestas idades, já a pornografia online, regra geral, não é apropriada para pré-adolescentes e adolescentes devido às mensagens que veicula – desde logo o retrato generalizado de submissão e degradação das mulheres, onde muitas vezes existe incitação a algum tipo de violência contra elas.
Vários estudos têm demonstrado que os adolescentes que vêm pornografia online com frequência tendem a encarar as mulheres como objetos sexuais e têm mais propensão a envolver-se num episódio de assédio sexual.
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