Um estudo internacional encomendado pela empresa de serviços financeiros 118 118 Money defende que os brinquedos mais simples e baratos podem divertir tanto as crianças quanto os mais caros e complexos. Ainda assim, no momento de ir às compras, são muitos os pais que insistem em satisfazer os caprichos dos filhos, gastando (muito) dinheiro em coisas que sabem que serão postas de lado num curto espaço de tempo.
Para o evitar, Mário Cordeiro, médico pediatra e autor do livro «Crescer Seguro», publicado pela editora Glaciar, deixa uma série de conselhos:
1. Verifique se a criança precisa mesmo de um presente ou se está a levá-lo por sentimentos de culpa, porque o quer compensar de alguma coisa. Um erro que, nos dias de hoje, muitos pais tendem a cometer.
2. Pense se vai gostar do presente, se, de facto, representa algo de novo para ele, para explorar e conhecer.
3. Pense se é adequado ao seu filho, em particular, e não às crianças dessa idade, que podem ter muita coisa em comum mas não são o seu filho.
4. Não contribua para o desperdício. Não é por dar muitos brinquedos que vai ser mais amado. Se calhar até pelo contrário, um mimo, uma história, uma manifestação surpresa de afeto são presentes muito melhores.
5. Não se esqueça que que os brinquedos ocupam espaço. A confusão e a desarrumação vão estragar o prazer de brincar e não contribuem para a organização interna da criança.
6. Deixe a criança controlar o brinquedo. Aquilo que já vem feito não dá azo a que o seu filho se sinta com o poder de lhe dar a forma e a função que ele quer.
7. Deve preocupar-se muito com a segurança, mas isso não significa escolher sempre o brinquedo mais caro.
Texto: Carlos Eugénio Augusto e Luis Batista Gonçalves com revisão científica de Mário Cordeiro (médico pediatra e autor do livro «Crescer Seguro»)
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