Vários estudos têm vindo a demonstrar que as meninas sentem cada vez mais a pressão pelo corpo perfeito. E se, antigamente, essa preocupação tinha início na adolescência ou na idade adulta, hoje começa cada vez mais cedo. Crianças com 7 anos já revelam problemas de auto estima e lutam contra o estigma do peso.

Estes comportamentos podem estar relacionados, por um lado, com a quantidade de informação que as crianças recebem todos os dias através dos meios de comunicação disponíveis (programas de TV, revistas, Internet) mas, também, com a educação e aquilo que os pais transmitem aos filhos dentro de casa. A procura pelo corpo perfeito e a questão das dietas afetam cada vez mais os adultos, mas também as crianças.

Nesse sentido, a revista americana Real Simple realizou um vídeo para a sua página de Facebook onde pediu a meninas que replicassem o que ouvem as suas mães dizerem sobre o seu próprio corpo. O resultado revela que aquilo que sentimos enquanto adultos em relação à imagem que temos de nós próprios, afeta negativamente os filhos desde cedo.

Frases como "A minha dieta começa amanhã" ou "Eu sou má, hoje comi um cupcake" foram replicadas por estas raparigas nos vídeos, e que são uma amostra do que ouvem em casa.

Vários estudos têm demonstrado que se as mães não gostam dos seus próprios corpos, as suas filhas são susceptíveis de imitar esses comportamentos e seguir padrões semelhantes com uma imagem corporal negativa. Por outro lado, investigadores também comprovaram que as raparigas que não têm problemas com o seu corpo e imagem são felizes de uma forma geral.

De acordo com a PIN (Centro de Desenvolvimento e Progresso Infantil), estas são algumas estratégias que mães e pais devem implementar em casa para que o (a) seu (sua) filho (a) se sinta melhor com ele (a) mesmo (a):

- Ter expectativas realistas acerca do (a) filho (a);

- Conhecer as necessidades do (a) filho (a) e ter uma resposta;

- Reforçar positivamente as qualidades do (a) seu (sua) filho (a);

- Demonstrar o amor, carinho, preocupação, aceitação e atenção;

- Impor limites e regras e ser consistente;

- Promover a autonomia do (a) seu (sua) filho (a), permitindo que a criança tome decisões;

- Expressar e permitir a expressão de sentimentos;

- Elogiar frequentemente com realismo;

- Privilegiar relações sociais;

- Criticar ações/comportamentos e nunca o (a) seu (sua) filho (a);

- Aceitar o (a) seu (sua) filho (a).


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