Segundo adiantou à agência Lusa o diretor artístico da Escola do Rock, Nuno Alves, do Space Ensemble, cerca de "metade" dos jovens são de Paredes de Coura, sendo os restantes de Arcos de Valdevez, do Porto, Leça da Palmeia e Braga, entre outras localidades.

De acordo com aquele responsável, a primeira edição da residência artística dedicada ao rock, destinada a jovens entre dos 14 aos 18 anos, caracteriza-se por "uma diversidade de percursos musicais e de instrumentos tocados pelos participantes".

"Estamos muitos satisfeitos com a participação até porque a inscrição implicava a produção de um vídeo. Vai ser muito interessante”, sustentou.

A Escola do Rock vai decorrer até domingo, com formação intensiva, experimentação e partilha, que culminarão com a produção e gravação de um álbum e com a apresentação de um espetáculo final no centro cultural da vila.

O projeto foi lançado no início de novembro pela Câmara de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo.

Na altura, o autarca socialista Vítor Paulo Pereira adiantou que o projeto fazia “todo o sentido" num concelho que é palco, todos os verões, de um dos maiores festivais de música do país.

"Temos que aproveitar este pulsar e essa dinâmica artística", sublinhou, adiantando que a dinamização económica e social do concelho é também uma das apostas do projeto.

"Atrás dos jovens que vêm para a Escola do Rock vêm os pais. Isso vai ajudar a criar uma dinâmica económica e social. Teremos uma vila com gente, com vida e mais criativa e é isso que queremos para o futuro do concelho", disse.

O município vai investir cerca de 20 mil euros no projeto. Além do apoio logístico, disponibiliza os equipamentos municipais para alojamento e refeições.

Vítor Paulo Pereira adiantou que este é um projeto com "continuidade", estando previsto a sua realização noutros períodos de férias escolares.

Segundo Nuno Alves, a Escola do Rock permitirá a este conjunto de jovens desenvolver competências musicais e criativas, em especial na área da música rock.

"É um projeto dirigido a jovens que tenham a música como um "hobbie" ou aos que estejam até a pensar numa carreira na música. Com este projeto vão poder conviver com novos músicos e contatar com músicos experimentes", explicou.

Em paralelo, e para o público em geral decorrerão concertos de bandas já reconhecidas no panorama nacional, como os The Glockenwise ou The Lazy Faithful, demonstrações de instrumentos, ‘workshops' de produção musical com Stereoboy e Soundmaker e sessões de cinema alusivas ao tema, num ciclo concebido em parceria com o Canal 180.