O menino, identificado pelo pseudónimo Kunkun, nascido em 2006, contraiu o vírus durante a gravidez, mas a mãe desapareceu logo após o parto.

O menino foi diagnosticado seropositivo em 2011 e o menino ficou ao cuidados de um dos avós.

Mas, ao que parece, até o avô está entre os 200 signatários da vila de Shufangya, na província de Sichuan, que pedem a expulsão da criança para "proteger a saúde" dos habitantes, informa o jornal Global Times.

Depois de ser diagnosticado com a doença, Kunkun foi proibido de frequentar a escola e os moradores da vila fogem da criança. Na China, os seropositivos sofrem de um enorme preconceito.

Na texto do pedido de expulsão dos moradores, o menino é apelidado de "bomba relógio". "Ele é inocente, não é mais que um menino", contraria o diretor do Partido Comunista na localidade, Wang Yishu. "Mas o HIV e a Sida provocam medo", tenta justificar.

O caso de Kunkun é debatido de maneira intensa no Weibo, o equivalente chinês do Twitter, com muitas críticas à falta de compaixão, à ignorância e à baixa educação de grande parte da população chinesa.