Na região do Algarve, 57 por cento dos diretores escolares decidiu não fazer este ano as provas, ao abrigo de um regime transitório, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação.

No Alentejo, metade das escolas aplica as provas.

Na Área Metropolitana de Lisboa, 62% dos diretores decidiu no mesmo sentido, à semelhança de 52% na região centro e 58% no Norte.

O ministério considera tratar-se de “uma amostra significativa para proceder a uma aferição válida do sistema”.

Em nota à comunicação social, o ministério informou que foi solicitada à Inspeção Geral da Educação e Ciência (IGEC) uma intervenção de apoio à organização, “de caráter meramente preventivo”, com a visita a 100 escolas nos dias 02 e 03 de junho, independentemente das habituais ações de controlo nos dias das provas.

As provas começam hoje com Português e Estudo do Meio para os alunos de 2.º, 5.º e 8.º ano.

Segue-se a prova de Matemática e Estudo do Meio, na quarta-feira, dirigida aos mesmos alunos.

As provas seguem as normas anunciadas em janeiro pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que eliminou os exames do 4.º e 6.º ano para proceder a uma avaliação das aprendizagens a meio dos ciclos de ensino, incluindo outras matérias, além de português de matemática.

Os dados divulgados pelo Ministério da Educação confirmam a leitura antecipada em abril pelos diretores escolares, segundo os quais a introdução destas provas já com o ano letivo em curso iria dividir as escolas.

Em declarações à agência Lusa, a 30 de abril, os presidentes das duas associações de diretores escolares (ANDAEP e ANDE) afirmaram que tinham decidido realizar as provas nas suas escolas, mas manifestaram a convicção de que metade das escolas optaria por não as fazer por as mudanças terem sido aplicadas a meio do ano letivo.