Os homens que são pais solteiros vivem menos anos. A tese é defendida por Maria Chiu, investigadora da Universidade de Toronto, no Canadá. A especialista em saúde pública é a autora principal de uma nova investigação, publicada pelo The Lancet Public Health, que garante que os celibatários correm duas vezes maiores riscos de morrer prematuramente do que os que vivem em casal e até do que as mulheres que são mães solteiras.

"O nosso estudo realça o facto dos pais celibatários terem uma [taxa de] mortalidade mais elevada e demonstra a necessidade de políticas de saúde pública [que possam] contribuir para a identificação e até para o apoio destes homens", afirma a investigadora, que inquiriu 40.500 voluntários entre 2000 e 2012. Nos 871 pais solteiros que responderam ao questionário, a taxa de mortalidade apurada ronda os 5,8 por cada 1.000.

No universo das mães celibatárias, o valor é de 1,7. O dos pais que vivem em casal é ligeiramente superior, rondando 1,9. A justificação para as diferenças prende-se com os estilos de vida menos saudáveis que os homens que vivem sozinhos tendem a ter. Além de registarem habitualmente maiores níveis de ansiedade e stresse no seu quotidiano, também se alimentam pior, fazem menos exercício físico e ainda consomem mais álcool.