A decisão foi tomada na terça-feira ao fim da tarde, em reunião entre a Associação de Pais (AP) e a direção da escola, realizada para avaliar a reparação dos telhados efetuada na sequência do encerramento do estabelecimento de ensino na semana passada, por falta de condições de segurança, disse hoje à Lusa Luís Torres, elemento da AP.

Luís Torres disse que, apesar de a empreitada ter resolvido a entrada de água em dois pavilhões, “o telhado é uma gota de água no oceano” dos problemas existentes naquela escola.

“Existe um relatório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto sobre problemas existentes que data de 2013, mas nada foi feito desde então e queremos exigimos que seja feita uma nova avaliação de segurança às condições da escola”, sustentou.

Apesar de o reinício das obras da nova escola estar para breve, porque o contrato da empreitada apenas aguarda o visto do Tribunal de Contas (TdC), o atraso das obras vai inviabilizar o arranque do próximo ano letivo nas novas instalações, o que preocupa os pais.

“Com o atraso da obra, nunca mais se consegue começar o ano letivo na escola nova e estas instalações não oferecem segurança para os nossos filhos”, afirmou Luís Torres.

A AP e a direção da escola, acrescentou, decidiram também solicitar uma reunião ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a quem pretendem entregar a petição “Por Uma Escola Nova Urgente”, que reúne mais de mil assinaturas.

Na petição, a direção da escola recorda que as obras de modernização tiveram início no dia 01 de março de 2011 e foram interrompidas em maio de 2012, e que em todo este período (cerca de cinco anos) “continuam os alunos, docentes e funcionários a trabalhar em instalações degradadas e em contentores provisórios, condições precárias e indesejáveis, pouco ou nada dignas, que colocam em causa não apenas a segurança, como o próprio desempenho e sucesso escolar”.

Ficou ainda programado para a tarde do dia 05 de maio realizar com os alunos “uma caminhada de protesto” na zona da escola. “Queremos que a obra da nova escola arranque o mais rapidamente possível”, concluiu o elemento da AP.