A emancipação feminina alterou a dinâmica familiar e hoje o homem está mais participativo nas tarefas familiares. Não só gere tarefas domésticas como intervém activamente na vida do filho.
Foram estas as principais conclusões do debate à volta do papel dos "Pais no Século XXI", durante as VIII Jornadas de Saúde do Centro de Saúde de Sacavém (I Jornadas Loures-Sacavém), que terminam hoje.
A nova imagem do homem enquanto metrossexual mereceu também atenção, assim como o adolescente e o desenvolvimento da sua saúde nesta fase de transformações.
Ao longo dos séculos, a sociedade atribuiu ao pai o papel de sustentar a família e à mãe o papel de criar os filhos e cuidar da casa. A emancipação feminina e a integração da mulher no mundo laboral alteraram a dinâmica familiar.
Por outro lado, o homem tem cada vez mais preocupação em se cuidar, daí o aparecimento de novas tendências.
«A metrossexualidade tem que ver com uma afirmação social, profissional e sexual. O homem acha que uma boa imagem está associada a um homem de sucesso», afirma Biscaia Fraga, director do departamento de Cirurgia Plástica da Cabeça e Pescoço do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental E.P.E..
Segundo o especialista, existem dois motivos: razões pessoais e a sociedade que rodeia o homem.
Há profissões que exigem uma nova imagem, e que a pessoa tenha uma apresentação adequada. Isso consegue-se através dos cuidados da aparência.
A forma de vestir, de estar, os cuidados com a pele, com o cabelo. Esses cuidados chegam também à cirurgia plástica, em especial ao rejuvenescimento facial e à mudança do aspecto e da forma, em situações que o próprio considera menos adequadas.
As mais procuradas, no homem, são o nariz, pálpebras, orelhas e a gordura a nível mamário e do abdómen.
A adolescência
As principais causas de morte na adolescência têm razões comportamentais e ocorrem sobretudo através da violência, do suicídio e dos acidentes.
De uma forma geral, os adolescentes recorrem pouco aos centros de saúde, funcionando o Exame Global de Saúde como uma oportunidade privilegiada para o contacto com o doente jovem.
Dados do Centro de Saúde de Loures relativos a 2007 revelam que cerca de 30% dos adolescentes entre os 11 e os 13 anos realizaram o exame.
Outros dados atestam que os rapazes, com apenas 9%, têm uma tendência muito inferior ás raparigas, com 91%, para procurar o centro de saúde.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a fase da adolescência situa-se entre os 10 e os 20 anos, altura em que os adolescentes enfrentam desequilíbrios extremos do ponto de vista social. Época em que começam a perder os direitos privilegiados que gozavam enquanto crianças.
21 de Outubro de 2008
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