O vereador da Educação na autarquia explica à Lusa que este é o segundo ano em que a iniciativa abrange os jardins-de-infância e os quatro anos de escolaridade do 1.º Ciclo, num investimento que ronda os 37.000 euros em material como mochilas de passeio, cadernos, esferográficas, lápis, afias, réguas, borrachas, bonés e até 't-shirts'.

"No caso dos manuais escolares, a Ação Social determina que os alunos do Escalão A recebem os livros todos e que os do B só têm direito a 50%, mas nós mesmo assim damos-lhe a lista completa", notou Isidro Figueiredo. "No que se refere ao 'kit', que é uma opção por iniciativa da própria Câmara, não fazemos distinção nenhuma em termos da situação económica das famílias e todos os alunos recebem um", completou.

Se na primeira fase de atribuição dos manuais escolares a autarquia investiu cerca de 26.000 euros, a que se devem acrescentar ainda outros 7.000, depois de confirmada a situação de famílias que pediram a revisão da sua condição financeira, nos 'kits' de material complementar a despesa foi na ordem dos 37.000 euros.

"Não é um pacote que cubra as necessidades de um ano inteiro, mas é uma boa ajuda e cobre a lista do que é essencial para o arranque das aulas", defendeu Isidro Figueiredo.

Para garantir que os pais dessas crianças não despendem recursos em artigos idênticos "numa fase em que já têm despesas que cheguem com outras necessidades relativas ao início do ano letivo", a oferta da Câmara foi comunicada com antecedência aos beneficiários.

"Mandámos uma carta a cada aluno, mesmo no nome dele, a informar que lhe íamos oferecer este 'kit' quando as aulas começassem", revela o vereador da Educação. "Assim, os pais ficaram a saber que já não precisavam gastar tanto dinheiro e os próprios miúdos, ao receberem uma carta no seu nome, ficam com outro incentivo para as aulas, sentem-se com responsabilidade, como se fossem adultos", argumenta.