Ainda é virgem mas vai ser mãe dentro de quatro meses. Para esta canadiana de 29 anos, que pretende manter o anonimato, ter relações sexuais está fora de questão. Como sofre de hipopituitarismo, uma doença rara que pode ser causada por problemas inflamatórios, por um tumor da hipófise ou por uma irrigação de sangue para a hipófise insuficiente, Lauren, o único nome que aceitou tornar público, teve uma puberdade tardia.

Uma condição que a levou ao isolamento e que a muitas das crises de ansiedade que teve. Como a oportunidade de perder a virgindade nunca surgiu, a canadiana, educada num meio religioso e pouco dada a namoros, resolveu recorrer a um dador de esperma para realizar o sonho de ser mãe. "[A decisão de ter um bebé sozinha] foi a forma que encontrei de fazer um manguito aos que diziam que não podia porque não era casada", diz.

"O meu endocrinologista disse que eu não conseguiria [engravidar], que necessitaria de uma doadora de óvulos e que teria de gastar milhares de dólares em tratamento de fertilização in vitro", admitiu em entrevista à edição canadiana da revista Vice. Ainda assim, indicou-lhe uma clínica de fertilização. "Estive um ano em lista de espera. Já pensava que não iria conseguir", desabafa. O especialista que a atendeu devolveu-lhe a esperança.

O nascimento do bebé está previsto para junho. "Desde que engravidei que já me passou pela cabeça, algumas vezes, que seria engraçado sair com alguém e até ter relações sexuais, mas é uma ideia que me passa depressa", assegura. "Tentei masturbar-me uma vez mas não gostei. Não voltei a repetir", confessa a canadiana. "Talvez daqui a 10 anos me arrependa [de nunca ter tido sexo]", admite. Mas, para já, o bebé é a sua única prioridade.