São poucos os alunos a quem a nota conseguida nos exames nacionais não convence e do total das 204.388 provas realizadas este ano durante a primeira fase, 2.937 voltaram para trás para serem reavaliadas.
Este número representa apenas 1,4% do total, mas nos poucos casos em que os alunos em que acontece, a reapreciação das provas parece compensar: de acordo com os dados do Júri Nacional de Exames (JNE), 75,1% das revisões resultaram na melhoria de nota.
Os casos em que os alunos acabaram por manter a mesma nota são menos frequentes e esse resultado verificou-se em apenas 17,4% das reapreciações. Já o pior cenário possível (baixar a classificação inicial) é também o menos provável e este ano só aconteceu com 220 provas (7,5%).
As médias dos exames nacionais desceram em quase todas as disciplinas, num ano em que o grau de dificuldade das provas aumentou ligeiramente.
Nas quatro principais disciplinas, só Português manteve a média de 12 valores registada no ano anterior e Física e Química ficou abaixo do 10, com uma queda de mais de três valores que também se verificou a Matemática A.
Apesar da descida das classificações em comparação com o ano anterior, o número de pedidos de reapreciações não aumentou, diminuindo até em termos absolutos (no ano passado foram 3.305 e os mesmos 1,4%).
A tendência dos resultados das reapreciações também se repetiu, e já no ano passado a grande maioria tinha conseguido melhorar a nota.
Este ano, as provas finais do secundário servem apenas para melhoria da classificação interna ou ingresso no ensino superior, mas, apesar dos piores resultados, o concurso nacional de acesso ao ensino superior registou um número recorde de candidatos: 63.878 na primeira fase, o maior número desde 1996.
Os estudantes vão poder voltar a ir a exame na segunda fase, que decorre até terça-feira, mas a nota dessas provas só poderá ser utilizada na candidatura à segunda fase do concurso nacional de acesso, entre 27 de setembro e 08 de outubro.
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