Um grupo de médicos do Reino Unido quer que as crianças do sexo feminino aprendam a importância da amamentação na escola. A ideia surge depois da divulgação dos dados da Unicef que colocam aquele país entre os portadores das mais baixas taxas de amamentação do mundo, apesar das reiteradas campanhas governamentais.

A notícia é do MailOnline e torna óbvia a grande disparidade que se verifica entre as taxas dos países mais ricos e as dos pobres.

Só 81 por cento dos bebês no Reino Unido são alimentados de forma “natural, sendo que as restantes 150 mil consomem leite artificial.” Estes dados levaram o Royal College of Pediatrics and Child Health a pedir que a amamentação seja acrescentada ao currículo escolar, para que as crianças aprendam que essa é a melhor fonte de nutrição para o bebé.

A Unicef avaliou as taxas de aleitamento materno de 123 países e concluiu que quase oito milhões de bebés no mundo inteiro estão a deixar de ser amamentados a cada ano que passa.

A instituição internacional descobriu que a Irlanda tem a taxa mais baixa de mães que amamentam - só 55% de crianças consomem leite materno. No outro extremo está o Sri Lanka, onde 99,4% das mães amamenta.

Espanha (77 por cento), EUA (74,4 por cento) e França (63 por cento) foram igualmente colocados entre os cinco países onde mais se está a deixar de amamentar.

Os especialistas recordam que o leite materno contém anticorpos que estimulam o sistema imunológico e ajudam a combater infecções e vírus. Referem ainda que os bebês amamentados correm menos risco de vir a ser obesos (o leite em pó tem mais gordura).

É curioso verificar que, no Reino Unido, as taxas de amamentação diminuem claramente nas primeiras semanas após o nascimento - 81% das mães britânicas começam por amamentar, mas só 34% continuam a fazê-lo ao fim de seis meses.

Conheça a lista dos países com os níveis mais baixos e com os níveis mais altos de amamentação.

MENOS

Irlanda

França

Estados Unidos

Espanha

Reino Unido

Alemanha

Itália

Coreia do Sul

Montenegro

Guiana

MAIS

Sri Lanka

Butão

Nepal

Madagáscar

Nigéria

Ruanda

Quénia

Gambia

Burundi

Uruguai

Peru

Fonte: Unicef