Várias associações vão juntar-se hoje em Lisboa numa iniciativa que visa chamar a atenção para a importância do voluntariado, agora ainda mais necessário devido ao contexto socioeconómico do país.
Inserida no âmbito do Ano Europeu do Voluntariado, a iniciativa, designada "Evento Dia V - Voluntários Precisam-se", vai realizar-se hoje no cinema São Jorge e pretende promover o trabalho desenvolvido por variadas associações.
Ao mesmo tempo que se dá a conhecer o trabalho que se vai fazendo por diversas associações, nos sectores da saúde, assistência social, ambiente, proteção dos animais e outras, procura-se estabelecer a ponte com todos os cidadãos que podem ter uma ideia errada do que é o voluntariado.
"Queremos desmistificar o tema, muitas pessoas pensam que o voluntariado exige ocupação a tempo inteiro, um compromisso forte, mas não é isso, a ajuda é sempre bem-vinda, quer seja apenas uma hora por dia, sejam três ou sejam seis", explica Igor de Brito, responsável pela comunicação do evento.
A programação de “Dia V - Voluntários Precisam-se” é diversificada e contará com a exibição do documentário Mãe Fátima (de Christine Reeh), com as curtas finalistas do concurso “MicroFilmes para MacroCausas” do Clube Português Artes e Ideias, e com a conferência “Conversas in’Voluntárias”, moderada por Fernanda Freitas, coordenadora nacional do Ano do Voluntariado.
À noite haverá um concerto a cargo dos Flor-de-Lis. Ambiente, saúde, proteção dos animais, crianças, idosos e exclusão social são as áreas com maior necessidade de auxílio de voluntários e que estarão representadas no evento pelas instituições nacionais que mais se têm destacado no apoio e divulgação destas causas.
Trata-se de um evento que visa apelar à reflexão sobre questões e problemas diários no qual a importância e empenho do voluntário são fundamentais.
Estão confirmadas as participações de várias organizações, entre as quais a Abraço, ASPEA, Banco Alimentar, CAIS, Coração Amarelo, LPDA, Quercus, Laço e Sol.
A ideia surgiu da necessidade manifestada pelas maiores associações de que exista uma ponte com a sociedade no sentido de sensibilizar para a importância do voluntariado.
Por um lado, explica Igor de Brito, as associações não podem viver sem voluntários, por outro, há pessoas que querem colaborar mas não sabem a quem se dirigir, como o fazer.
O momento crítico que o país está a viver também influenciou a necessidade do evento: "No contexto socioeconómico em que vivemos, o normal é que cada pessoa se preocupe mais consigo e olhe cada vez menos para o próximo", daí a necessidade de chamar a atenção para a importância do voluntariado.
Lusa
19 de julho de 2011