
Um relatório da Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) apresenta a fotografia nacional das estratégias usadas pelas escolas para inflacionar as notas dos seus alunos. A IGEC levou a cabo uma operação em 2017, na qual analisou 12 escolas nacionais.
Os estabelecimentos de ensino fazem vista grossa aos critérios de avaliação que eles próprios definem para poderem atribuir aos estudantes classificações mais elevadas, adianta o jornal Público.
O objetivo das instituições de ensino é facilitar o acesso ao ensino superior, escreve o diário.
Exemplos
A Português, por exemplo, são comuns os exemplos de alunos com nota máxima, ou seja, 20 valores, na dimensão "Oralidade", que vale 20% da nota final interna, sem que haja razão para essa avaliação.
O mesmo acontece nas disciplinas de Físico-Química ou Biologia e Geologia. Nestes dois casos, é a dimensão prática e experimental – à qual é comummente atribuído um peso de 30% na nota interna dos alunos – a desequilibrar as contas.
Foi a primeira vez que a IGEC lançou uma iniciativa deste tipo. Em 2015, este organismo já tinha realizado inquéritos junto de alguns dos estabelecimentos de ensino que apresentavam maiores discrepâncias nas classificações dos estudantes.
Segundo o Ministério da Educação (ME), em 2018 já foram realizadas mais intervenções, estando planeadas novas ao longo do próximo ano, escreve o Público.
Na sequência da operação, a IGEC fez várias recomendações às escolas, conselhos esses que terão sido em grande parte acatados, escreve o referido jornal diário.
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