O acompanhamento escolar de crianças internadas é uma rotina saudável não só para o seu desenvolvimento, mas também contribui para o aumento da sua autoestima e dá-lhes mais ânimo para enfrentar os tratamentos no dia a dia.

Dados do Ministério da Educação e Ciência indicam que Portugal dispõe atualmente de 47 professores que estão a dar aulas em hospitais a crianças que se encontram em regime de internamento durante meses ou anos, uma prática que tem vindo a aumentar no país com base nos francos benefícios que lhe são associados.

Clara Santos, uma das quatro docentes que acompanham as crianças internadas no Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC), explica que a escola em ambiente hospitalar “permite às crianças manter uma rotina com alguma normalidade, bem como o contacto com a turma”.

Os professores reforçam que as crianças gostam de ter aulas no hospital e sentem-se motivadas a aprender, mostrando empenho e satisfação com os estudos, que os ajudam sobretudo a assegurar uma rotina diária mais próxima do que seria normal.

Catarina Violante, também professora, que lida com estas crianças em hospitais desde 2001, reforça, por seu lado, que a maior parte das crianças sujeitas a internamentos de longa duração sofrem com doenças mais graves, por exemplo, do foro oncológico, motivo pelo qual, num primeiro momento após o diagnóstico, a escola deixa de fazer parte das prioridades. Por este motivo, recorda, é importante que as equipas multidisciplinares dos hospitais expliquem aos pais que os filhos podem continuar a ser apoiados por professores do hospital, em articulação com os da escola.

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