As “Bolsas Sociais EPIS - Escolas de Futuro 2014”, que serão entregues numa cerimónia no Museu da Eletricidade, em Lisboa, premeiam escolas que se destacaram por “boas práticas de promoção da inclusão social de jovens” e alunos que estavam em risco de abandono escolar e se “transformaram em bons alunos”, disse à agência Lusa o diretor da associação, Diogo Simões Pereira.

Desde 2011, ano em que foram atribuídas pela primeira vez as Bolsas Sociais, a taxa de sucesso escolar média do programa é de 94%, o que revela “um bom desempenho dos alunos selecionados”, refere a EPIS.

Diogo Simões Pereira explicou que “o objetivo é premiar sempre o mérito das escolas e dos alunos, mas sempre com a dimensão social da promoção da inclusão social”.

Este ano, “vamos atribuir cerca de 20 bolsas em diversos formatos e estamos a premiar desde escolas, do norte, centro e sul do país, instituições sociais que se dedicam ao trabalho com jovens” e um conjunto de alunos acompanhados pela EPIS que tiveram boas notas e terão bolsas para o ensino secundário e ensino superior.

Uma das associações premiadas foi a recém-criada Academia do Johnson, que tem como inspiração a história de vida difícil do seu fundador, João Semedo Tavares, que usa a sua experiência para “ajudar e capacitar os jovens para fazerem boas escolhas”.

“Esta candidatura distinguiu-se pelo programa de apoio aos jovens em bairros de risco, no concelho de Amadora (Bairro da Boavista, Bairro Cova da Moura, Bairro 6 de Maio e Bairro Zambujal), focado na capacitação comunitária destes jovens através do desporto, ‘mentoring’ e apoio escolar”, adianta a EPIS, acrescentando que a associação já acompanha cerca de 80 jovens.

A ENCONTRAR+SE – Associação para a Promoção da Saúde Mental também foi distinguida pelo trabalho de promoção da literacia em saúde mental e combate ao estigma social associado, em ambiente escolar, assim como a associação ReCriar Caminhos pela iniciativa “Escola de Artes, Empreendedorismo Social e Apoio ao Emprego”, destinada a ações de orientação, formação, reabilitação psicossocial e inserção no mercado de trabalho de jovens e adultos com esquizofrenia.

Entre os premiados, estão também os agrupamentos de escolas Ribeira de Pena (Vila Real), do Cerco (Porto), Rainha Santa Isabel (Estremoz), Dr. Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz), Escolas Cidade do Entroncamento (Entroncamento) e sete alunos pelo “elevado mérito académico” que alcançaram.

Em quatro anos, o programa de Bolsas Sociais já distinguiu 33 escolas e 81 alunos integrados em programas de recuperação devido ao risco de abandono escolar resultante de contextos de debilidade socioeconómica.

Diogo Simões Pereira faz “um balanço muito positivo” do programa: “Já premiámos dezenas de jovens e instituições num conjunto de cerca de 120 mil euros de investimentos nestes quatro anos”.

Sublinhou ainda que “é um programa que tem vários parceiros empresariais”, tendo este ano batido o recorde de 12 parceiros.