Num artigo publicado na revista Nature Immunology, Markus Müschen, autor sénior do estudo da Universidade da Califórnia, explica que a "Hib e outras infeções na infância podem causar respostas imunes veementes e recorrentes que podem levar à leucemia, mas crianças que receberam estas vacinas estão em grande parte protegidas e adquirem imunidade a longo prazo, através de reações imunológicas muito suaves".

Experiências realizadas em laboratório com cobaias identificaram duas proteínas, a AID e a RAG, que induzem mutações no ADN e permitem que células do sistema imunológico possam adaptar-se aos desafios das infeções, promovendo uma maior eficácia do sistema imunológico.

A equipa observou que durante a infeção crónica, estas duas proteínas tornam-se hiperativas, dando origem a mutações aleatórias em proteínas importantes, incluindo as que protegem contra o cancro.

Markus Müschen reforça ainda que as conclusões agora apuradas ajudam a “explicar o motivo pelo qual a incidência da leucemia foi drasticamente reduzida desde a administração de vacinas regulares durante a infância".

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