De acordo com um estudo que se proclama um dos maiores realizados até à data sobre este tema, a deficiência de vitamina D, durante as primeiras 26 semanas de gravidez, pode elevar o risco das grávidas desenvolverem pré-eclâmpsia (uma doença caracterizada por tensão arterial elevada).

Para chegar a estas conclusões os investigadores analisaram os níveis de vitamina D em amostras de sangue de 700 mulheres grávidas que mais tarde desenvolveram pré-eclâmpsia, e de 3.000 mulheres grávidas que não desenvolveram esta patologia.

No plano geral, o estudo demonstrou haver uma relação entre os níveis de vitamina D e o risco de pré-eclâmpsia, ainda que não tenha provado haver uma relação causa-efeito. A pesquisa concluiu que o risco global de pré-elâmpsia entre as mulheres que participaram no estudo era de 0,6%, sendo que aquelas que tinham níveis de vitamina D considerados suficientes, tinham 40% menos hipóteses de virem a desenvolver a doença, pelo menos no seu nível mais grave.

"Durante décadas, a vitamina D era conhecida como sendo um nutriente importante apenas a nível ósseo. Nos últimos 10 a 15 anos, os cientistas descobriram que a vitamina D tem outras vantagens para o nosso corpo, para além de manter a nossa estrutura óssea, como é exemplo o seu papel decisivo para uma gravidez saudável", explicou Lisa Bodnar, uma das autoras do estudo, e professora adjunta no departamento de epidemiologia da Universidade de Pittsburgh.