Em entrevista ao jornal Expresso, a avó, Maria, de 49 anos, revelou que quer apenas dar uma oportunidade à filha de ser mãe. "É um ato de amor", diz.

A filha Isabel, de 30 anos, ficou sem útero na sequência dos tratamentos e cirurgias a uma endometriose, uma doença caracterizada pela presença do endométrio fora da cavidade uterina.

Antes disso, o médico que acompanha Isabel propôs a vitrificação de ovócitos para garantir que a mulher tinha hipóteses de ser mãe. "Consegui retirar dois óvulos", conta ao semanário Isabel.

A gestação de substituição abrange apenas situações excepcionais, como o de uma mulher sem útero ou com alguma lesão que impeça a gravidez.

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Os candidatos têm de pedir autorização prévia ao CNPMA e devem ter um parecer favorável de um psiquiatra ou psicólogo. Ao contrário do que acontece noutros países, a gestante de substituição não pode receber qualquer pagamento por isso. Apenas pode ser ressarcida das despesas médicas e tem acompanhamento psicológico garantido antes e depois do parto.

Relação deve ser o mínimo indispensável

Mandam ainda as regras que a relação entre a gestante e a criança deve circunscrever-se "ao mínimo indispensável, pelos potenciais riscos psicológicos e afetivos que essa relação comporta". No caso relatado estamos a falar de uma candidata a gestante que é avó.

Isabel e o marido foram, segundo o jornal Expresso, os primeiros de 53 casos de casais que registaram um pedido para aceder à gestão de substituição.

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