A Associação Olhar 21, de Coimbra, de apoio aos doentes de Trissomia 21, anunciou hoje que pretende criar um Centro de Desenvolvimento que reúna todo o tipo de terapias de estímulo às crianças portadoras da doença.
"É um grande sonho que temos, mas que tem sido adiado por falta de instalações", disse à agência Lusa Helena Moura, presidente da associação, momentos antes de assinar com a Câmara de Coimbra um contrato de cedência de um edifício.
A autarquia liderada por João Paulo Barbosa de Melo vai disponibilizar as instalações da antiga Escola Básica do 1.º ciclo de Chão do Bispo, na cidade, situação que leva a Associação Olhar 21 a acreditar que será possível avançar com um Centro de Desenvolvimento.
"Pode ser que agora seja possível avançar para o nosso objetivo, apesar de estarmos em tempo de crise e as famílias não terem disponibilidades financeiras para comparticipar", salientou Helena Moura.
A associação espera desenvolver vários projetos nas novas instalações, dando continuidade a algumas iniciativas, nomeadamente ao nível dos grupos de apoio emocional e apoio às atividades lúdicas e de melhoria da autonomia das crianças portadoras de Trissomina 21.
A Olhar 21 tem colaborado com o Agrupamento de Escolas de Coimbra sul e já editou um guia de boas práticas e intervenção educativa na Trissomia, além de participar noutras parcerias com instituições da cidade.
Criada em 2009, embora só tenha sido lançada oficialmente em 2010, a associação estava sediada na antiga escola primária dos Palheiros, que não reunia as condições de habitabilidade.
Segundo Helena Moura, a associação conta com cerca de 250 sócios, dos quais meia centena têm familiares portadores de Trissomia, tendo como patrono o juiz conselheiro Laborinho Lúcio, antigo ministro da Justiça.
Lusa
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