São quase 2.000 participantes nos projetos que integram o ‘Apps for Good’. Este “movimento tecnológico educativo” conta com jovens dos 10 aos 18 anos e professores para resolver problemas sociais com recurso às tecnologias.

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“O ‘Apps for Good’ é o nosso maior projeto em Portugal. É um projeto internacional que cresceu no Reino Unido, onde tem cerca de 800 escolas, e a nível mundial são cerca de 1000 escolas. Em Portugal este ano há cerca de 160, é muito importante para nós em termos de alteração do modelo educativo e de alteração de algumas competências nas escolas”, disse o diretor executivo da organização, João Baracho, que falava à agência Lusa propósito da comemoração do quinto aniversário da organização em Portugal.

Além do projeto dinamizado nas escolas, a CDI Portugal criou também os centros de cidadania digital, onde “tentam seduzir a população mais desfavorecida ou com problemas de integração”.

“Pedimos às pessoas que nos digam o que está mal e não reclamem apenas, que proponham alternativas. Temos uma metodologia base que é o CDI comunidade, cujo objetivo é exatamente pegar num grupo de pessoas, analisar os problemas comuns ao grupo – seja na escola, na rua, na zona, na profissão, as pessoas escolhem um tema e através da tecnologia vão desenvolver esse tema para o combater ou para o atenuar”, esclareceu o responsável.

Dos centros de cidadania digital que já foram dinamizados pela organização, mantém-se em funcionamento o de Valongo enquanto o projeto ‘Apps for Good’ envolve mais de 150 escolas e 1.800 alunos, tendo a Madeira integrado a rede, este ano, pela primeira vez com um projeto piloto.

De acordo com o diretor executivo da organização há ainda quatro projetos que se encontram em espera, “uma vez que carecem de financiamento”.

“Os quatro projetos que aguardam financiamento são de várias áreas. Há um projeto implementado no Brasil e que queremos estender para Portugal, é o ‘Conecta Biblioteca’ que tenta aproximar as bibliotecas à comunidade. Desenvolvemos uma metodologia inovadora com uma equipa de ‘gaming’ [jogos virtuais] para tratar os jovens com este tipo de adição. Queremos construir uma oficina de reparação de computadores numa prisão, para criar novas competências nos reclusos e reduzir a reincidência e temos ainda o projeto ‘Muda’, para as bibliotecas das escolas, que pretende receber pessoas e certificá-las na área da literacia digital”, afirmou João Banacho.