Até 09 de maio, as escolas têm liberdade para organizar as provas, em função dos espaços de que dispõem, disse à agência Lusa o secretário de Estado da Educação, João Costa.
“Na generalidade dos casos, as provas decorrem nas escolas onde os alunos têm aulas ou desenvolvem estas atividades”, explicou o governante, indicando que apenas em situações residuais haverá deslocação para outro agrupamento, como o caso de colégios com um reduzido número de alunos que não tenham a estrutura logística necessária.
É a primeira vez que são aferidos os desempenhos dos alunos nestas áreas, depois de no ano passado terem sido recuperadas as provas de português e matemática, embora ainda a titulo facultativo, no âmbito de um regime transitório.
O objetivo do novo modelo de avaliação, em que deixaram de existir exames no 4.º e no 6.º ano, é “valorizar todas as áreas do currículo”, disse o secretário de Estado.
“Temos já muita informação consolidada, e ainda bem, de português e matemática, mas sabemos muito pouco sobre o que é preciso saber nestas áreas, na história, na geografia”, defendeu João Costa.
“Se quisermos desenhar algumas estratégias, a nível central, para melhorar as aprendizagens nestas áreas temos de saber o que se passa”, adiantou, referindo que a avaliação “vai além do papel e lápis”.
O secretário de Estado reiterou que aferir é “diferente de seriar” e que estas provas representam “um instrumento que permite olhar para várias dimensões de realização do currículo”.
As lacunas de material detetadas em algumas escolas fazem também parte do processo de aferição e irão constar nos relatórios, garantiu.
As provas serão aplicadas por pares, o professor titular que normalmente acompanha o aluno, coadjuvado por outro docente do 1.º Ciclo ou da respetiva área.
À semelhança do que é praticado para as restantes provas de aferição, no final haverá relatórios individuais, por turma e por escola, com indicadores desagregados.
As provas não contam para a nota do aluno, mas vão transmitir informação detalhada sobre o desempenho, disse.
“É um instrumento para as escolas poderem tomar decisões sobre o tipo de estratégias e de apoio aos alunos que vão adotar, em função de necessidades específicas detetadas em cada uma destas disciplinas”, declarou o secretário de Estado.
No final das aulas, os alunos do 1.º Ciclo que frequentam o 2.º ano vão também realizar provas de português e matemática, com uma componente de estudo do meio incluída.
Comentários