A manifestação, organizada por alunos, começou às 08:00, em frente a um dos portões da escola, onde dezenas de estudantes dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico se concentraram em protesto, entoando "frases de ordem" e empunhando cartazes com as suas exigências.

"Governo escuta, Santiago está em Luta", "É preciso intervir, a escola está a ruir" e "Mais, mais, mais condições materiais" foram algumas das frases entoadas pelos alunos e nos cartazes lia-se: "É lutando que lá vamos, "Governo paga os nossos subsídios", "Governo escuta, Santiago exige + condições" e "Mais e melhores computadores".

Em declarações à agência Lusa, a aluna do 9.º ano de escolaridade Laura Pato, da organização, explicou que a manifestação serviu para os alunos poderem "denunciar os problemas" que afetam a escola e "exigir condições para estudar".

Na Escola Básica de Santiago Maior, "não temos condições para estudar", porque o edifício "precisa de obras", há salas de aula com "vidros partidos e tetos com buracos" e sem aquecimento, "chove dentro das salas", há falta de auxiliares, "não há computadores suficientes" e há "casas de banho sem papel higiénico e com portas sem fechaduras", lamentou Laura Pato.

Exigências dos alunos

Por isso, disse, os alunos exigem obras urgentes de requalificação da escola, aquecimento nas salas de aula, mais auxiliares, mais e melhores computadores, papel higiénico e fechaduras nas portas das casas de banho, o pagamento aos alunos dos subsídios em falta desde o início deste ano letivo e financiamento para os cursos vocacionais.

Cerca das 08h30, a maior parte dos alunos que participavam na manifestação entraram na escola para as primeiras aulas de hoje, mas alguns mantiveram-se em protesto em frente ao portão da escola.

O protesto de hoje foi o segundo esta semana na Escola Básica de Santiago Maior e depois de, na passada segunda-feira, pais de alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico terem fechado a cadeado os dois portões do estabelecimento de ensino em protesto contra a falta de auxiliares, que tem provocado vários problemas, como o aumento de casos de violência.

A Escola Básica de Santiago Maior também esteve fechada no passado dia 03, devido à greve dos funcionários das escolas, que foi convocada pela Federação Nacional de Educação e apoiada Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública.