Um estudo publicado na revista Pediatrics indica que a violência em filmes mais do que duplicou desde 1950, e que a presença de violência com recurso a armas de fogo em filmes classificados como PG-13 (classificação usada nos Estados Unidos da América para filmes destinados a maiores de 13 com supervisão de um adulto) mais do que triplicou desde 1985, ano em que foi introduzida esta classificação.

 

O estudo, intitulado Gun violence trends in movies («Tendências da violência com recurso a armas de fogo nos filmes», em português) analisa uma amostra dos filmes com maior sucesso de bilheteira de cada um dos anos entre 1950 e 2012.

 

Analistas treinados codificaram cada filme para a presença de violência e armas em segmentos de 5 minutos em toda a duração de cada filme. Os investigadores descobriram um aumento de violência anual global desde 1985 a 2012, mas a tendência diferia por classificação de filme.

 

Entre os filmes classificados G (para todos) e PG (com supervisão de um adulto), a violência armada diminuiu ligeiramente. A taxa de violência também não se alterou em filmes classificados como R (menores de 17 anos devem ser acompanhados de adultos). Contudo, nos filmes classificados como PG-13, a violência com armas de fogo aumentou e desde 2009, estes filmes têm contido tanta ou mais violência do que os filmes classificados como R.

 

Os autores do estudo concluem que, mesmo que os jovens não usem armas de fogo, por causa da crescente popularidade dos filmes classificados como PG-13, aqueles estão expostos a uma representação de armas e violência excessiva, o que poderá aumentar a adoção de comportamentos agressivos.

 

 

Maria João Pratt