À medida que a barriga vai crescendo, não é só a expectativa quanto ao desenvolvimento e à fisionomia do novo ser que vai aumentando.
Os sistemas fisiológicos que controlam as respostas físicas durante o exercício na gravidez também se vão alterando. E de que maneira!
Dispêndio energético (DE)
Nesta fase, aumenta o DE absoluto para a mesma atividade, devido às exigências metabólicas do útero e da placenta, do acréscimo no peso e trabalho respiratório. Este aumento acontece em exercícios com e sem suporte do peso corporal (como a bicicleta). A potência aeróbia máxima (consumo máximo de oxigénio) não sofre alterações significativas.
Resposta respiratória (RR)
A ventilação por minuto sofre um aumento em repouso durante a gravidez, chegando a um acréscimo de 50 por cento após o terceiro trimestre de gestação. Outra adaptação das mulheres grávidas é a maior sensibilidade ao CO2 que circula no sangue, o que provoca uma dispneia crónica quer em repouso quer no exercício, isto é, acelera a respiração para qualquer pequeno incremento de CO2 (como transportar cargas leves).
Resposta cardiovascular (RC)
A magnitude da resposta cardiovascular é afetada tanto pelo tempo de gestação como pelo tipo/intensidade do exercício. A frequência cardiaca máxima pode estar diminuída por redução da estimulação da adrenalina.
Relativamente à pressão arterial, a resposta no exercício mantém-se, embora a resistência vascular diminua. Importa referir que o limiar de intensidade de exercício de segurança para fluxo sanguíneo do feto se encontra próximo dos 80 por cento do consumo máximo de oxigénio da mãe.
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