Um estudo internacional recente revelou que as crianças e os adolescentes de hoje, sobretudo entre os 9 e os 17 anos, reduziram a sua capacidade física em 25% face às geraçõpes anteriores. A obesidade e o sedentarismo são fatores de agravamento das doenças reumáticas. E esta relação não se fica apenas por aqui. Um estudo divulgado em meados de 2014 garantiu, mesmo, que as crianças que têm uma boa forma física conseguem melhores notas.

As preocupações dos responsáveis de saúde prendem-se contudo com uma nova tendência alarmante. Segundo a direção da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas, é previsível que no século XXI os problemas ligados aos excessos alimentares, que se conjugam com um sedentarismo crescente, gerem uma epidemia crescente de obesos. Em consequência dessa, poderão surgir as comorbilidades habituais nesses casos.

Diabetes, hipertensão, hiperlipidémias e doenças cardiovasculares são os problemas mais apontados. Por esse motivo, a educação física escolar foi um assunto em destaque no último fórum realizado por esta instituição. A justificação é simples. É durante a infância e adolescência que poderá ser criado (ou não) o gosto pela prática regular de exercício físico. Em França, num estudo da Odoxa para Le Figaro-France Inter-MNH, 61% dos pais admitiu não estimular os filhos nesse sentido.

69% mostra-se, contudo, preocupado com o problema. Para 62%, a culpa está no número excessivo de horas passadas a jogar e/ou a navegar na internet. É, ainda, importante referir que o exercício físico tem valor terapêutico em diferentes patologias reumáticas, daí a necessidade premente de estimular e incentivar o seu filho à prática desportiva. Esta deve ser, no entanto, preferencialmente acompanhada por monitores e/ou profissionais especializados.